domingo, 8 de agosto de 2010

OS EUA, O AFEGANISTÃO E AS MORTES CIVIS


Lendo artigo de Antonio Tozzi, neste domingo, "Quando o mal vence o bem", no excelente Direto da Redação , percebi o quanto a desinformação pode estar a serviço do mal, ou, da má interpretação e isso, claro, não passa de uma opinião minha, como de resto, a única que posso ter, enquanto não me demovem em contrário, por argumentos bem postos.

O que Antonio Tozzi precisa entender, é que os EUA, na figura de seus governantes, em termos de Política Externa, tem sido, historicamente, um desastre.

À guiza de levar liberdade aos povos e livrá-los de tiranos, tem entrado e saído de países, deixando as coisas iguais ou piores do que estavam, ainda que "livrando-os" dos tais tiranos, sem resolver o cerne de qualquer questão.

No artigo, Tozzi "chora" a morte de pessoas que levavam ajuda humanitária ao Afeganistão e que por mais cruel que pareça, pessoas que nunca lá deveriam ter pisado, pois ao contrário de homens-bomba, que matam-se para matar, usavam de suas profissões, para salvar vidas, mas que são igualmente suicidas, basta lermos o livro "O Livreiro de Cabul", de Asne Seierstad (foto acima), para que entendamos do que falo.

Lendo o livro, que não é nenhuma análise fria e à distância da realidade naquele país, mas antes uma espécie de diário, vivendo e convivendo com pessoas daquele país, bem como com situações que lá se desdobram, não precisamos ter uma sensilbilidade lá muito apurada, para percebermos que a região é um "barril de pólvora" constante, que pode atingir às pessoas, indiscriminadamente, não respeitando fardas, ou não fardas, que estejam tentando ajudar as pessoas de lá, ou não,  no caso das fardas, os EUA, segundo se depreende das invasões deste país, ao longo da história, como já citei acima.

Não fazer nada, então?? Pode se perguntar quem esteja me dando o privilégio da leitura.

Sinceramente?? Creio que ao invés de entrar no meio de conflitos locais e sabidamente de extrema complexidade, muito provavelmente com terceiras intenções, que as segundas já vão incorporadas à Política Externa americana de há muito, porque aquele país central não promove bloqueio, como faz com Cuba, impedindo-lhe uma melhor posição mundial há décadas, ou como faz recentemente com o Irã, e também não por serem paladinos justos, com as sanções à região em questão, capitaneando uma ação séria, que não envolvam pessoas, mesmo que militares, num quadro que se sabe perdido, ou por outra, sabendo-se que vai complicar ainda mais esta mesma situação??

Creio que pensar desta forma, vale muito mais que lágrimas, que lamentavelmente não resolvem o problema, muito menos sensibiliza, como deveria, às lideranças mundiais, vide como veem sendo "resolvidas" as questões que envolvem os interesses "a priori", dos EUA, nos fóruns mundiais, especialmente ONU e OEA.

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