sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Porque arrastar 43 milhões de europeus abaixo da linha da pobreza?

No Carta Maior, agora há pouco.

Entre as incógnitas embutidas nas decisões anunciadas pela cúpula do euro desta semana, a mais intrigantes é aquela que informa o corte de 50% da dívida da Grécia.

Há outras zonas nebulosas num carretel cujo desenrolar operacional não foi ainda explicitado.

Por exemplo, como foi tão simples dotar o fundo de estabilização europeu de 1 trilhão de euros para se contrapor às manadas de credores ariscos que potencializam a insolvência de vários governos e bancos?

Se a panacéia do dinheiro chinês explica tudo, por que não foi acionada antes?.

Outra: como, subitamente, as necessidades de capitalização de bancos micados pela podridão de suas carteiras caiu de 300 bi de euros, calculados originalmente pelo FMI, para os 100 bi decretados na 4ª feira?

Como fica o jornalismo de economia que encampou os cálculos e justificativas ortodoxas para legitimar sacrifícios, perdas e danos sobre milhões de pessoas?

Sem dúvida, porém, o calote de 50% da dívida grega é a viga estrutural de todas as dúvidas.

Tome-se o exemplo da Argentina.

O país decretou um calote de 70% da dívida em 2005 e até hoje é demonizado pela mídia, tendo vetado o acesso a novos empréstimos no mercado mundial.

Como então, súbito, a cúpula liderada pela conservadora Angela Merkel abona 50% da dívida grega, a mídia aplaude, as bolsas sobem e os bancos aquiescem, sem um piu?

A ser efetivo tudo o que se anunciou na 4ª feira, e não apenas um truque contábil, chega-se a conclusões interessantes:

a) o governo de Papandreu não merece mais 24 no poder; açoitou seu povo com sacrifícios devastadores para honrar uma dívida que, de uma penada, caiu à metade, sem que tenha havido mais caos do que o já produzido pelas suas decisões;

b) o mesmo raciocício vale para a crise bancária do euro, em nome da qual Espanha, Portugal
e outros estão sendo esfarelados com sucessivos cortes de gastos para 'acalmar os mercados'.


Se bastava uma penada para impor calotes e recapitalização aos banqueiros, por que, tanto sacrifício inútil, que já arrastou 43 milhões de europeus à vida abaixo da linha da pobreza? Com a palavra, o jornalismo de economia.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Brasil vai a Nova York falar sobre Marco Civil da Internet


A experiência brasileira de elaboração do projeto de lei que define direitos
e responsabilidades no uso da web, o chamado Marco Civil da Internet, será
apresentada durante a 66ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

 Na sexta-feira (21/10) representantes da Secretaria de Assuntos Legislativos do
Ministério da Justiça participarão do painel Internet Access for All?
(Acesso à Internet para todos?), organizado pelo embaixador da Suécia para
Direitos Humanos na ONU, no âmbito do Terceiro Comitê da Assembleia Geral,
que trata de temas sociais, humanitários e culturais.

O Marco Civil da Internet foi elaborado de forma inovadora, diferentemente
do processo legislativo tradicional: construído em conjunto com a sociedade,
a partir de debates realizados na própria Internet.

O projeto de lei busca compatibilizar os avanços das novas tecnologias com o reconhecimento de
direitos dos cidadãos, a definição clara das responsabilidades dos diversos
intermediários na prestação de serviços relacionados à rede e a definição de
premissas para as políticas públicas para a área.

“O processo de construção colaborativa do Marco Civil da Internet mostrou
que as novas ferramentas tecnológicas são um instrumento essencial para o
fortalecimento da participação social na condução de políticas públicas e na
elaboração legislativa”, avalia o secretário de Assuntos Legislativos do
Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira.

O resultado final do processo, em sua opinião, apresentou posição inovadora e equilibrada para a
regulamentação do tema.

Além de representantes do Ministério da Justiça do Brasil, estarão presentes
ao debate integrantes de empresas, de organizações internacionais e dos
governos da Suécia, Holanda e Noruega para tratar de questões relacionadas
ao acesso à internet.

A consulta à sociedade para a construção do Marco Civil foi realizada pela
Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça em parceria com
a Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas e com a
colaboração da Coordenação de Cultura Digital do Ministério da Cultura.

O website http://culturadigital.br/marcocivil/, lançado em outubro de 2009
para hospedar os debates, recebeu mais de 4 mil contribuições de cidadãos e
de instituições. O resultado da construção colaborativa foi enviado pela
Presidência da República à Câmara dos Deputados em agosto deste ano, na
forma de um projeto de lei (PL 2.126/2011).

Essa não será a primeira vez que o Marco Civil da Internet será apresentado
a outros países. Em 2010, foi tema abordado no III Diálogo Brasil - União
Européia em Sociedade da Informação, em Bruxelas, na Bélgica, e também no
workshop de melhores práticas mundiais do Fórum de Governança da Internet da
ONU, em Vilnius, na Lituânia.

*Mais informações:*
Assessoria de Comunicação Social – Ministério da Justiça
Telefone: (61) 2025-3315/3135

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Manchete Dominical Global Alienada

Fonte: 

IndependênciaSulAmericana





O moralismo econômico e político neoliberal, apegado à pregação do equilibrismo orçamentário religioso como necessário à saúde da macroeconomia capitalista, para manter sob controle a inflação e estimular os investimentos, é, sobretudo, burro.

Primeiro, porque equilibrio sob capitalismo é sonho de noite de verão. O sistema é, fundamentalmente, promotor do desequilíbrio. Sua principal função, para gerar lucro, é essa mesma, desequilibrar, a fim de elevar a taxa de retorno continuada e ampliada do capital. Quando essa reprodução ampliada não consegue mais ser realizada na produção, o capital descola dela e vai para a especulação, para fugir da deflação. Não é essa a expressão real da crise em curso em escala global, a partir da bancarrota financeiro-especulativa dos países ricos?

Em segundo lugar, a ação compensatória do governo para conter esse desequilíbrio, dando dinheiro para quem fica excluído do sistema, para não morrer de fome, representa, essencialmente, a salvação do próprio sistema, cuja lógica é a de produzir crônica insuficiência de consumo que condena a si mesmo às crises deflacionárias, ou seja, à morte.

Os programas sociais, segundo os neoliberais esquizofrênicos, representam custo, impedem, em contrapartida os investimentos etc.

Tal afirmação não tem o menor sentido. Basta observar que cada R$ 1 gasto em comida pelo pobre que recebe o subsídio deixa no cofre do governo 40% de imposto.

Se são R$ 114 bilhões os gastos governamentais totais anuais com os programas sociais, como destaca a alienada manchete de capa de O Globo, nesse domingo, o que o governo recebe de volta em forma de arrecadação é $ 45,6 bilhões! Com esse dinheiro cobre os investimentos da União de R$ 44 bilhões! Grande negócio: dar consumo aos pobres, para recolher tributo.

Distribuir para arrecadar. Dar para receber. É dando que se recebe. Quem dá aos pobres empresta a Deus etc etc. Tudo na linha de São Francisco de Assis. É por isso que a arrecadação tem registrado recordes atrás de recordes, enquanto os neoliberais confundem esse movimento quantitativo com aumento de carga tributária.

Santo aumento de arrecadação, pois é com ele que se obtém os recursos necessários para os investimentos indispensáveis em infraestrutura econômica.

Por sua vez, essa infraestrutura em processo de construção expressa no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC – sinaliza no médio e longo prazos relativo equilíbrio entre oferta e demanda, remédio capaz de combater pressões inflacionárias crônicas existentes no Brasil em decorrência da crônica fome dos miseráveis que antes atingiam quase 40 milhões de habitantes e que hoje estão comendo três pratos de comida por dia graças ao keynesianismo popular patrocinado pelos cofres públicos.

Vale dizer, fonte inesgotável de arrecadação tributária. A cabeça da grande mídia brasileira tem sido martelada nos últimos trinta anos pela insistente “verdade” neoliberal segundo a qual gastos sociais são componentes do deficit público, que inibem os investimentos.

Ocorre o contrário.

Em vez de gasto, ao colocar dinheiro no bolso da mãe de família pobre para comprar comida para seus filhos, o governo concede renda disponível para o consumo que gera tributo, multiplicado, por sua vez, na circulação das mercadorias em suas diferentes etapas de realização no circuito econômico.

Quando dona Maria tem seu poder de compra aquecido no cartão do Programa Bolsa Família e vai ao supermercado comprar uma lata de óleo de cozinha imediatamente tal movimento inicia processo de aquecimento econômico consequente. Se são 15 milhões de beneficiários do programa e cada família tem 5 membros que consomem cada qual, supostamente, 1 kilo de comida/dia, ao todo, tem-se 75 milhões de quilos/dia. A indústria tem que produzir, a agricultura é sinalizada para plantar, os agricultores acionam as montadoras, os caminhões para distribuir a comida seguem pelas estradas, abastecendo, gastando pneus, partes, peças e componentes, que agitam o comércio etc etc. Em todo esse movimento de circulação o governo , em cada etapa dela, abocanha 40% de imposto.

Se ele dá 100 reais, arrecada, na hora, 40. Tem negócio mais rápido e melhor do que esse? Do consumidor para o comércio, 40%; do comércio para a indústria, 40%; da indústria para a agricultura, 40%; da agricultura para a distribuição, 40%. Ou seja, uma mercadoria, circulando quatro vezes na atividade produtiva, enche a burra governamental de forma espetacular.


Assim, o Estado, ao bancar

1 – a Aposentaria Rural;
2 – o Benefício de Prestação Continuada(BPC);
3 – a Renda Mensal Vitalícia(RMV);
4 – o Seguro Desemprego;
5 – o Abono Salarial e
6 – o programa Bolsa Família,

não está gastando, gerando deficit de R$ 114 bilhões, como diz a matéria global, mas, ao contrário, está poupando/arrecadando R$ 45,6 bilhões, ou seja, R$ 1 bilhão a mais do que ele desembolsa para bancar os investimentos da União, em um ano, R$ 44,6 bilhões.

Os gastos sociais são os instrumentos que produzem os recursos necessários ao incremento do PAC.

A cabeça neoliberal mal formada não percebe que gastar significa arrecadar que representa investir. Sem essa dinâmica, predominaria, com a insuficiência de consumo, o destruidor processo deflacionário. Os investimentos, por sua vez, impulsionam os empregos, a renda, consumo e, novamente, arrecadação e investimento.

A elite brasileira, da qual o jornal O Globo é a expressão maior, não entendeu, ainda, que foi Lula quem salvou ela da bancarrota, quando começou a gastar mais com os programas sociais, intensificando os desembolsos, de forma ainda mais significativa, depois da crise de 2008.

O que acontecia antes?

Por falta de consumo, cresciam os excedentes.

Os empresários, superestocados de mercadorias, sem consumo interno, por falta de renda disponível, em decorrência dos arrochos salariais ditados pelo FMI para conter a demanda como arma de controle da inflação, corriam ao governo para pedir desvalorização cambial, indispensável às exportações.

O resultado todos conhecem: desequilíbrio cambial e, consequentemente, mais pressão inflacionária. Na medida em que os estoques internos passaram a ser consumidos, graças ao keynesianismo popular lulista – que O Globo diz agora ser bloqueio aos investimentos – , os capitalistas tupinquins, em plena crise mundial, perceberam o que sempre negaram, que a saída para o sistema se equilibrar não é conter gastos com os salários das massas e impedir a distribuição da renda à pobreza, mas, justamente, o contrário, distribuir para ganhar.

Se não fossem esses gastos sociais na casa dos R$ 115 bilhões que proporcionam arrecadação de impostos de R$ 46 bilhões, de modo a cobrir os investimentos da União de R$ 45 bilhões, o que seria da classe capitalista? Onde estaria a base industrial paulista, senão sucateada, diante da concorrência chinesa, já que sem consumo interno e desvalorização da moeda para jogar os excedentes no exterior, a inflação impediria a expansão do consumo em escala capaz de impedir a reprodução dos investimentos etc?

Ainda bem que os capitalisas industriais, agora, depois de perceberem suas mancadas históricas, se preparam para fazer manifestos contra os juros altos.

Ora, o que é melhor para a classe produtiva brasileira: o governo dar R$ 114 bilhões aos pobres para arrecadar R$ 46 bilhões de impostos, que cobrem os R$ 45 bilhões de investimentos, ou sustentar os juros altos que obrigam o governo a desembolsar R$ 200 bilhões para pagamentos dos serviços, desembolso esse que não rende um centavo de imposto para os cofres públicos e consequentemente nada de investimento? 

O jogo do governo Dilma Rousseff, portanto, é o de radicalizar, na próxima quarta feira, a redução da taxa básica de juros. Pagando menos pelo serviço da dívida, sobrará mais recursos para dar aos pobres. Fará muito melhor negócio o governo, porque, se, por exemplo, der à pobreza mais R$ 100 bilhões, que rendem R$ 40 bi de tributos, em vez de encher as burras dos bancos, que não proporcionam arrecadação nenhuma, terá dinheiro para bancar os investimentos na casa dos R$ 80 bilhões, acelerando a construção da infraestrutura nacional e, claro, o combate à inflação.

 



terça-feira, 11 de outubro de 2011

Não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente...



"Na fila do supermercado o caixa diz a uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”

O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com  nosso meio ambiente. "

"Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.

Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.

Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.

Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.

Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.

Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.

Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não queira abrir mão de nada e não pense em viver um pouco como na minha época?

sábado, 8 de outubro de 2011

“Hannibal” Bush vs Clara Gutteridge



Varias cadenas televisivas pasaron, durante todo el día, el 11 de septiembre del presente año, una amplia programación para conmemorar los acontecimientos acaecidos en el Este de los Estados Unidos de América, por la acción de los secuaces de Obama Bin Laden, para que el mundo no olvide los sufrimientos padecidos por multitud de personas, pero llamaba poderosamente, que entre lo que ahí se decía se destacaba la posición actual de la Unión Europea, por boca de Anna Cecila Malström, encargada de la Comisaría de Asuntos Interiores de la Comisión Europea, quien se hacía portavoz de un clamor por el cierre de la Cárcel de Guantánamo, ubicada en un lugar usurpado a Cuba, que funciona perfecto comodín para el gobierno estadounidense, para dejar, en una especie de limbo jurídico a los prisioneros de la Guerra contra el Terror, declarada por Bush, en su arrogante anhelo de hacer una operación de Justicia Infinita, como si ese ex presidente de los Estados Unidos de América, fuera el mismísimo Dios.

Los europeos consideraron que es una vergüenza que el país del Tío Sam no haya cerrado esa base ilegal; lo que genera mucho descontento en los altos niveles de la Unión Europea.

La razón de los gringos, para sustentar este tipo de prisión, es que la gente detenida allí, desde el punto de vista legal se encuentra fuera del país norteamericano, lo cual los condena a una pérdida de Derechos Constitucionales.

¿Dónde quedó el recurso al Hábeas Corpus?

Se ha intentado privar a estos sujetos del Derecho a unos seres humanos, quienes parecieran condenados a permanecer allí, como si fueran propiedad de los Estados Unidos de América, como si el esclavismo no hubiera sido abolido hace ya unos cuántos siglos.

Ahora Europa se da golpes de pecho y levanta su voz para combatir el extremismo, la violencia, la tortura y los malos tratos a las personas apresadas por su participación en actos terroristas.
El cierre de esa prisión fue una promesa electoral incumplida del presidente Barack Obama, quien aunque ostente un inmerecido premio Nobel de la Paz, se ha comportado como un monigote ante el Congreso de los Estados Unidos de América que le ha impedido, entre otras, la realización de esa propuesta.

Entretanto, Dick Chaney alega que esa cárcel aún es humanitaria, así se usen castigos como poner al sol a los presidiarios con sus cabezas rapadas, muchos de los cuales, terminan colapsados, con golpes de calor, o se ven amenazados por los perros de los guardias o se los somete al waterboarding, al submarino, como forma de tortura, aunque altos mandos yanquis, objeten que se trate de una tortura, en una perversa desmentida, ante una Ley, la reconocida por las Convenciones de Ginebra.

Los victimarios lo relativizan todo para argumentar que no se trata de torturas porque no es equivalente ni intensidad, al dolor que acompaña lesiones físicas mas graves, tales como la falla de un órgano. ¡Por Dios! Así se puede imaginar como puede ser de torturante que se haga una simulación de un ahogamiento. ¿Cómo decir que no se trata de un procedimiento cruel y despiadado?

A una sala llevan a un hombre, con los ojos vendados, a quien sientan en un banquillo, para bruscamente sumergir su cabeza en un tanque de agua o inundar sus fosas nasales y la boca con el líquido que un verdugo vierte dentro estas cavidades, en una mazmorra en la que los esbirros del sistema, ejercen toda su brutalidad.


Tres días después del fatídico 11 de septiembre del 2001, el Congreso de los Estados Unidos de América autorizaría al presidente Bush y le hace la venia para usar la fuerza contra todas aquellas naciones, organizaciones y personas, quienes, a su juicio, hubieran tenido relación con actos terroristas internacionales o los que pudieran darse en un futuro.

El mandatario Bush se convertiría en un verdadero Leviatán, al que se le otorgara casi un poder absoluto, para que castigara con espada firme y grande a ese otro monstruo que opera desde otro lado del mundo, al ser como si se tratara de un sumo sacerdote del autoritarismo estatal.

Un mes después se iniciarían acciones militares, en la llamada Guerra contra el Terrorismo, con las que se sembraría más horror, mientras se lograban detenciones, enjuiciamientos de gente extranjera, por fuera de los propios Estados Unidos de América.

El Pentágono autorizaría la reclusión bajo custodia indefinida, sin cargos, a personas que no eran estadounidenses, sin éstas pudiesen interponer recurso alguno, ante ningún tribunal del mundo, ya que tales juicios se celebrarían frente comisiones militares, de ahí que nadie quedaría facultado para examinar las peticiones de Hábeas Corpus.

En enero del siguiente año, los primeros detenidos serían trasladados desde Afganistán a Guantánamo, donde quedarían retenidos en jaulas de malla metálica, en el conocido Campo Rayos X, una instalación de detención temporal, el cual sería cerrado en la primavera del 2002, cuando se llevarían los prisioneros al Campo Delta.

Los reclusos empezarían entonces a ser considerados combatientes ilegales - más que prisioneras de guerra - por lo cual se los privaba de los Derechos garantizados a los cautivos capturados en acciones bélicas, asunto que se justificaría, en razón, de que estos sujetos no eran soldados regulares, ni de guerrillas, ni de milicia alguna; por ello, no se los autorizaba a encontrarse con sus abogados.


Se prohibía considerarlos prisioneros de guerra para que no fuera aplicable el artículo tercero de los Convenios de Ginebra que reza:

En caso de conflicto armado que no sea de índole internacional y que surja en el territorio de una de las Altas Partes Contratantes cada una de las Partes en conflicto tendrá la obligación de aplicar, como mínimo, las siguientes disposiciones:

1) Las personas que no participen directamente en las hostilidades, incluidos los miembros de las fuerzas armadas que hayan depuesto las armas y las personas puestas fuera de combate por enfermedad, herida, detención o por cualquier otra causa, serán, en todas las circunstancias, tratadas con humanidad, sin distinción alguna de índole desfavorable basada en la raza, el color, la religión o la creencia, el sexo, el nacimiento o la fortuna o cualquier otro criterio análogo.

A este respecto, se prohíben, en cualquier tiempo y lugar, por lo que atañe a las personas arriba mencionadas:

a) los atentados contra la vida y la integridad corporal, especialmente el homicidio en todas sus formas, las mutilaciones, los tratos crueles, la tortura y los suplicios;
b) la toma de rehenes;
c) los atentados contra la dignidad personal, especialmente los tratos humillantes y degradantes;
d) las condenas dictadas y las ejecuciones sin previo juicio ante un tribunal legítimamente constituido, con garantías judiciales reconocidas como indispensables por los pueblos civilizados.

2) Los heridos y los enfermos serán recogidos y asistidos.

Un organismo humanitario imparcial, tal como el Comité Internacional de la Cruz Roja, podrá ofrecer sus servicios a las Partes en conflicto.
Además, las Partes en conflicto harán lo posible por poner en vigor, mediante acuerdos especiales, la totalidad o parte de las otras disposiciones del presente Convenio.

La aplicación de las anteriores disposiciones no surtirá efectos sobre el estatuto jurídico de las Partes en conflicto.

En unos dos meses, los presidiarios son trasladados al Campo Delta, una zona de máxima seguridad.

Dentro del marco de una dialéctica feroz, en honor a la Libertad de unos se privaría de ella a los otros, sin reconocimiento de derecho alguno para los capturados.

Para el verano siguiente, el Departamento de Justicia asesoraría a la CIA sobre la legalidad de los llamados métodos alternativos de interrogatorio, cuyas técnicas serán aprobadas por el secretario de defensa, Donald Rumsfeld.

Desde entonces, se podría encapuchar y desnudar a los detenidos, someterlos a aislamiento, a manipulación ambiental, a experiencias de deprivación sensorial, a posturas forzadas, al control de los períodos de sueño y al uso de canes para inducir el estrés; pero los mandamases de entonces se empeñan en decir que no se trata de ninguna tortura, aunque advierten que deberá pedirse autorización para emplear tales técnicas de acuerdo con el caso por caso.

¿Cómo negar que de lo que se habla es de un eufemismo para desmentir la tortura?
En el presidio de Bagram, en Afganistán, se sabría que dos detenidos morirían como consecuencia de tales técnicas. Los Estados Unidos de América justificarían la aplicación de ellas como medidas necesarias para la defensa propia, para prevenir posibles ataques de Al Qaeda al Imperio Americano.

El Comité Internacional de la Cruz Roja se alarmaría y, en el 2003, pediría a las autoridades yanquis que instituyeran un debido proceso legal para dichos penados.

El presidente Bush resolvería que algunos convictos que reunieran las condiciones para ser juzgados por comisiones militares; dos de ellos quedarían en libertad, sin cargos ni juicio, lo que haría que fueran dados en libertad para buscar el asilo del Reino Unido.

La Cruz Roja insistiría en su preocupación de que los internos de Guantánamo fueran puestos pro fuera del alcance de la Ley; muchos de ellos no tenían ni idea de lo que, en adelante, sería su suerte, sin recurso legal alguno que lo amparara y protegiera. Así los supuestos delincuentes eran sometidos a una cruel incertidumbre, que resulta nociva para la salud mental.

En varios de esos casos mientras CBS News difundía, por el mundo entero, fotografías de torturas y otros malos tratos, infligidos a los reos iraníes en Abu Grhaib, en Irak, imágenes que tendrán eco en la obra artística del pintor colombiano Fernando Botero, con todo lo cual se haría una clara y abierta denuncia.

Se inaugurará, entonces, el Campo V, donde se albergarían los inculpados, en pasillos en los que, cada detenido ocupará una celda de aislamiento hermético, privado de todo contacto humano.

El Pentágono cedería de nuevo a la presión y prometería revisar si las detenciones de los reclusos en Guantánamo fueran debidamente detenidos como combatientes enemigos, mediante la acción de Tribunales encargados de esa tarea, donde se tendrán en cuenta pruebas obtenidas mediante coacción por parte de los carceleros, aunque se seguiría negando el derecho a una representación por un abogado defensor, mientras no se demuestre que no son combatientes enemigos.

A George Bush no le quedaría otra alternativa que firmar una Ley sobre el Trato a los Detenidos, en la que se prohibiría el uso de tratos crueles, inhumanos y degradantes, a la par que restringiría. con mayor severidad el Derecho de ellos a una evaluación jurídica de la legitimidad de sus condiciones de detención. La consigna sería:

- ¡Qué nadie se entrometa!

Un comité de expertos de la ONU concluiría que los presidiarios tienen derecho a recurrir contra la ilegalidad de su detención, ante un tribunal de justicia y que las técnicas de interrogatorio que se estaban llevando a cabo violaban el Derecho Internacional y derivaban en un profundo deterioro de la salud mental de muchos detenidos.

Todo ello movería a Amnistía Internacional a intervenir con la solicitud del cierre de la cárcel de Guantánamo, en un llamamiento al que se sumarían expertos de la ONU y los ex presidentes gringos Jimmy Carter y Bill Clinton, otros jefes de Estado europeos y de otras regiones del mundo, junto con organizaciones e Derechos Humanos; pero, la tesis de la Comisión de Expertos de la ONU sobre el deterioro psíquico de los prisioneros se corroboraría en la realidad, cuando tres detenidos se suicidaban en el interior de su mazmorra.

Esa confrontación práctica, no hace esperar la alarma de la Corte Suprema de Justicia, la cual falla y advierte que lo mínimo que hay que cumplir es la aplicación de artículo tercero de los Convenios de Ginebra; se sabe que hay muchos encarcelados por motivos semejantes, acusados de participación en el terrorismo internacional, quienes se encontraba en centros secretos de detención de la CIA, distribuidos en el mundo; Bush se propone reunirlos a todos en Guantánamo, así el programa continuara estando oculto para el resto del planeta.

Se abre entonces el Campo VI, un nuevo espacio de máxima seguridad, donde seres humanos son encadenados al suelo.

Pero la Ley de Comisiones Militares quitaría a los Federales la competencia para examinar apelaciones que se hagan del recurso de Hábeas Corpus de quienes han osado rebelarse contra el sistema estadounidense; se trataba de un asunto bastante arbitrario; el ejercicio de esta figura jurídica debería estar bajo el imperativo categórico del Derecho Universal, dentro de los Derechos Fundamentales y punto.

El australiano David Hicks sería el primer sujeto declarado culpable por una comisión militar pero iría pagar los meses de prisión que le quedaba a su país.

Y, entre tanto, los suicidios se seguían cometiendo entre los reos, lo que hacía que, de nuevo, Amnistía Internacional y otras cinco organizaciones de Derechos Humanos publicaran los nombres y datos de un buen número de los supuestos malhechores, recluidos bajo detención secreta, bajo custodia de la CIA, los cuales andaban en paraderos desconocidos.

Bush no se quedaría quieto y lo lograría dictar una orden ejecutiva que autoriza y respalda ese tipo de detención.

La Agencia de Inteligencia yanqui nos se quedaría atrás, procedería a destruir videos de interrogatorios que pudieran resultar comprometedores y denunciar prácticas de tortura como las del waterboarding y otras técnicas de interrogatorio “mejoradas”, aunque no podrían desmentir su uso entre el 2002 y el 2003, en los sitios de detención secreta, donde muchas personas habían sido sometidas a desaparición forzada, por un período de cuatro años y medio, incluidos dos mil quinientos menores de edad, 90% de las cuales habían estado en la base aérea gringa en Bagram, Afganistán.

La Corte Suprema de los Estados Unidos de América fallaría que los combatientes enemigos detenidos tienen derecho a presentar recurso y reclamar, por la ilegalidad de su interrupción de la Libertad, ante tribunales de justicia.

Esta institución consideraría entonces que era inconstitucional el intento de la Administración Bush y del Congreso del país de Tío Sam, de privar a los detenidos del Derecho al Hábeas Corpus; por lo tanto, se rechazarían los planes alternativos del gobierno gringo, con lo que se intentaba suprimir esta última figura jurídica; sin embargo, las arbitrariedades proseguirían.

Amnistía Internacional y las otras cinco organizaciones de Derechos Humanos pedirían a los gobiernos europeos que proporcionaran protección internacional a los detenidos de Guantánamo, que no habían de ser acusados formalmente de ningún delito; pero que no podían n ser devueltos a sus países de origen, por miedo a que, a su retorno, volvieran a ser víctimas a la tortura, la muerte y otras violaciones de Derechos Humanos.

Se otorgaría entonces el derecho al Hábeas Corpus de algunos de los considerados combatientes enemigos, por parte de la Corte Suprema de Estados Unidos de América.

Obama llegará dispuesto a iniciar el cierre de Guantánamo e ir dando un giro a ese lado siniestro y oscuro del tío Sam, durante la llamada Guerra contra el terror, aparentemente con el apoyo de una Unión Europea.

Algunos Estados del viejo continente se dispondrían, entonces, a dar asilo político a algunos de los reos; unos llegarían a España pero, en general, lo ominoso seguiría rondando, en una dialéctica feroz en que la política más reaccionaria de los republicanos choca contra la democracia y los defensores de los Derechos Humanos en una pelea de nunca acabar pues las promesas de cierre del presidio, de un Obama, defensor de los Derechos Humanos, han sido casi anuladas, ante la insistencia del Congreso de los Estados Unidos de mantener sus campos de concentración, de torturas y violación de Derechos Fundamentales, donde permanecen confinados ancianos, personas con demencia senil, adolescentes, otras con psicopatologías graves, maestros de escuela y granjeros, que nunca tuvieron vínculos con Al Qaeda pero están siendo tratados como verdaderos terroristas. Y su liberación podría retrasarse hasta noviembre del 2012.

Pero a pesar del beneplácito que puede tener la postura reparatoria de Anna Cecilia Malström, con su actitud reparatoria, no puedo olvidar que cuando en Vigo, España, los activistas de Amnistía Internacional protestábamos en el aeropuerto de Peinador, vestidos con los monos naranja de los reclusos de Guantánamo, por el uso, años atrás, de sus instalaciones y del espacio aéreo como escala para vuelos que tenían por fin la detención y entregas extraordinarias de la CIA, donde solicitábamos el cierre de la prisión.

Esta actividad que tendría un correlato más académico en un recinto del Centro Cultura Caixanova, cuando, en el invierno del 2009, la abogada Clara Gutteridge, de Reprieve, nos narraba su experiencia en la lucha jurídica, en la defensa de detenidos, algunos de los cuales ya habían salido libre, gracias a sus buenos oficios; no dejaba de ser sorprendente que aquella mujer aparentemente tan frágil, menudita y delicada, casi una miniatura del bosque soberano, se enfrentara con los gorilas más crueles del sistema carcelario yanqui, como si fuera una nueva Clarice Starling se enfrentara con los Hannibal Lecter de la Administración Bush, para defender a los reos de Guantánamo y denunciar la colaboración europea en la detención y el traslado de presos políticos desde Afganistán a Guantánamo, como sucediera aquí en España, tanto en tiempos de José María Aznar como en los de José Luis Rodríguez Zapatero, aunque puedan lanzarse la pelota mutuamente, cuando la jurista señala que los Estados Unidos de América no hubieran podido crear y mantener una prisión de la naturaleza de Guantánamo sin la connivencia de algunos países de la Unión Europea.

Por España pasaron, de hecho, por lo menos, sesenta vuelos de la CIA, lo que preocuparía sólo a parte de la prensa y de ONG`s.

Clara manifestaba que, en los tres últimos años, ella había trabajado en el caso de un avión que se detuvo dos veces en Palma de Mallorca, en el 2004, en un viaje para llevar presos de Marruecos a Guantánamo, mientras los agentes CIA se alojaban en hoteles de lujo de la ciudad, donde se movían como Pedro por su casa y los reos permanecían confinados en el avión, con un destino siniestro.

Considero que es importante que nos pellizquemos la piel y sacudamos nuestra conciencia pues con el conformismo, casi siempre, somos cómplices de todas esas manifestaciones justicieras de una sociedad que se hace la de la vista para desmentir la realidad y hacer caso omiso de leyes que son universales.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

As 25 notícias mais censuradas pela mídia corporativa mundial, 2010/2011



Las 25 noticias más censuradas por los grandes medios durante el año académico 2010/1011 [del hemisferio norte] fueron difundidas hoy (4 de octubre) por el Proyecto Censurado de la Universidad Sonoma State de California con el lanzamiento del libro "Censored 2012", que esta vez refleja el esfuerzo de 105 académicos y 244 estudiantes de 19 universidades.

Los académicos Peter Phillips y Mickey Huff, actuales animadores de la tarea iniciada por el profesor Carl Jensen hace 35 años [1976], anunciaron que ahora "estamos aceptando noticias independientes validadas por la academia para el ciclo ‘Censurado 2013’". En el Proyecto puede participar "cualquier universidad, facultad y/o estudiante universitario, ajustándose a las muestras de noticias ofrecidas en el sitio http://www.mediafreedominternational.org/, que publica las historias censuradas a lo largo de todo el año. Cualquier noticia independiente respaldada por una fuente impresa o en línea, califica para ser difundida si se trata de historias posteriores al 1° de marzo de 2011 que no han sido cubiertas apropiadamente por los grandes medios corporativos.

El ranking de noticias censuradas saca a la luz pública cada año el lado más oscuro del poder político-mediático e industrial-militar del capitalismo en un imperio que hoy padece una nueva crisis económica y financiera de desenlace impredecible, aparentemente terminal.

En el recuento de este año sólo 2 de las 25 historias periodísticas más censuradas atañen a América Latina: 1) la resistencia de los campesinos haitianos al ingreso de 475 toneladas de semillas transgénicas como supuesta “ayuda” post-terremoto de la transnacional Monsanto, “donación” impulsada por la USAID y el Foro Económico Mundial de Davos, con la aquiescencia del gobierno saliente de René Préval y el nuevo presidente Michel Martelly; y 2) los progresos democráticos en la asignación de parte del presupuesto del municipio de Porto Alegre, Brasil. Pero aún en las nuevas condiciones de decadencia imperial, lo que se oculta en Estados Unidos siempre concierne a América Latina y al resto del mundo.


Las 10 “Noticias TOP”

1) Mueren más soldados de Estados Unidos por suicidio que en combate
Durante 2010 –y por segundo año consecutivo– murieron más soldados de Estados Unidos por suicidio (468) que en combate (462). Los estragos del suicidio entre las tropas expedicionarias del imperio estadounidense fue la noticia seleccionada como la más censurada entre las 25 “historias top” consideradas este año. Esta noticia, que fue ocultada celosamente por el aparato militar estadounidense y no fue publicada en ningún medio “importante”, describe los estragos psicológicos entre los soldados dedicados a tareas mortuorias, como preparación y empaque de cadáveres para enviarlos de regreso a Estados Unidos.

2) Militares de Estados Unidos manipulan medios y redes sociales
Los militres estadounidenses desarrollan software que les permite manipular secretamente los sitios sociales de los medios usando personajes en línea falsos para influir conversaciones en Internet y seleccionar propaganda favorable a Estados Unidos. Una empresa californiana obtuvo un contrato del Comando Central (Centcom), que supervisa operaciones armadas de Estados Unidos en Oriente Medio y Asia Central, para desarrollar un “servicio de gestión en línea de personas” que permitirá a un solo militar controlar hasta 10 identidades diferentes por todo el mundo. El contrato de Centcom estipula que cada personaje falso “on line” debe tener una personalidad convincente, un historial y detalles favorables. Hasta 50 controladores podrían actuar con identidades falsas desde sus puestos de trabajo en Estados Unidos.

3) Obama autoriza campaña mundial de asesinatos
El estadounidense Anuar Al-Aulaki, nacido hace 40 años en Nuevo México, fue asesinado el pasado viernes 30 de septiembre 2011 en el Yemen, por orden de Barack Obama, tras ser declarado terrorista y anunciarse a los medios en abril de 2010 que estaba en una lista presidencial de ejecuciones extrajudiciales. La administración Obama puso reservadamente en ejecución esta “idea incompleta” legada por la presidencia de Bush II que consiste en un programa presidencial internacional de asesinatos “de hecho”. Documentos judiciales, evidencias ofrecidas por Human Rights Watch y un reporte especial de Naciones Unidas alegan que se ha puesto en “listas de la muerte” a ciudadanos de Estados Unidos sospechosos de “animar el terror”. El ex Director de Inteligencia Nacional de Obama, Dennis Blair, almirante retirado, dijo en una sesión del Congreso que el programa estaba dentro de los derechos del Poder Ejecutivo y, por tanto, los contenidos de la “lista de la muerte” no necesitaban ser revelados. Por lo menos se sabe de otras dos personas que han sido asesinadas por operativos de la CIA bajo ese programa.

4) Se expande la crisis global alimentaria
Una nueva escalada mundial de precios de alimentos y productos agrícolas está generando una predecible y extraordinaria crisis. Las causas conducen de nuevo a políticas erradas de comercio, medio ambiente, finanzas y agricultura que amenazan con una volatilidad más peligrosa en los años próximos. Durante el último año, el aumento mundial de precios de los alimentos superó la oleada de alzas de 2007-2008 para fijar un nuevo récord, según la FAO.
En febrero 2010, el índice de precio de alimentos de la ONU subió por octavo mes consecutivo, al nivel más alto desde por lo menos 1990. En consecuencia, desde comienzos de 2010, otros 44 millones de personas se suman a 925 millones que ya sufrían falta de comida. Si continúa la escalada, esta crisis alimentaria aumentará los hambrientos a 1.000 millones de personas, con otros 2.000 millones padeciendo “desnutrición oculta” por dietas inadecuadas, en países pobres de África, Asia y América Latina.

5) Asignan fondos públicos a prisiones privadas anti-inmigrante
En los últimos cuatro años, en Estados Unidos han encarcelado a un millón de inmigrantes en instalaciones peligrosas de detención del sistema penitenciario privado financiado por los contribuyentes. Allí abusaron de niños, violaron mujeres y dejaron morir hombres por falta de atención médica básica. En su campaña, el gobernador de Arizona, Jan Berger, recibió un sustancial financiamiento electoral de Corrections Corporation of América (CCA) y el Grupo GEO, que son las dos más grandes corporaciones que diseñan, construyen, gestionan y operan prisiones.

6) ¿Espionaje de Google?
A principios de 2010, la Comisión Federal de Comercio (FTC, su sigla en inglés) investigó al gigante Google de Internet por recoger ilegalmente datos personales como contraseñas, correos electrónicos y otras informaciones en línea en redes sin garantía de Wi-Fi en hogares y negocios de Estados Unidos y alrededor del mundo. Google alega que los datos fueron captados accidentalmente mientras desplazaban por el mundo sus vehículos “Street View” (“Opinión de la Calle”). Aunque constituye claramente una invasión de la privacidad del público, la FTC básicamente no ha hecho nada, ni siquiera una palmada de reprimenda en las muñecas de Google.

7) Ejército y grandes experimentos en psicología
La revista American Psychologist, de la Asociación Americana de Psicología (APA, su sigla en inglés), en enero de 2011 publicó 13 artículos detallando y celebrando 117 millones de dólares obtenidos en prestaciones de servicios en “cooperación” con el ejército de Estados Unidos a través de un programa llamado “Aptitud Comprensiva del Soldado (CSF, en inglés). El programa se está comercializando como entrenamiento para reducir resistencias y prevenir consecuencias psicológicas adversas en soldados que enfrentan combates. Debido al énfasis del CFS en la “psicología positiva”, sus defensores la llaman un acercamiento holístico al entrenamiento del guerrero.
8) El cuento de hadas de la energía atómica limpia y segura
La energía atómica presenta una amenaza a la humaniad de proporciones sin precedentes: Es capaz de inducir accidentes catastróficos que pueden matar a cientos de miles de personas, con subproductos tóxicos que perduran por milenios. Llamarla energía atómica “limpia” es una afrenta a la ciencia, al sentido común y a la lengua misma, pero los apoyos de la industria, dentro y fuera del gobierno, intentan establecer un nuevo “estándar de energía limpia” para promover la energía atómica. Estas ofertas surgen de tres ideas falsas fundamentales: 1) que los agentes contaminantes, con excepción del dióxido de carbono, son irrelevantes al definir una “energía limpia”; 2) que la radiación es invisible e inodora; no es un agente contaminador tóxico; y 3) que la energía atómica es carbono-libre. Ningunos de estos argumentos son verdades.

9) HAARP: Tecnología para modificar el clima apoyada por el gobierno de Estados Unidos
El aumento de las temperaturas globales, la población cada vez mayor y la degradación del abastecimiento de agua, han estimulado un financiamiento cada vez mayor de investigaciones de modificación del tiempo. El gobierno de Estados Unidos conduce experimentos para modificar el clima desde hace más de medio siglo y el lobby del complejo militar-industrial tiene un gran peso a la hora de capitalizar estos descubrimientos.
Uno de los últimos programas es HAARP, High-Frequency Active Aural Research Program (Programa de Investigación de Alta Frecuencia Aural Activa), tecnología que potencialmente puede desatar inundaciones, sequías, huracanes y terremotos. La idea científica detrás del HAARP consiste en “excitar” un área específica de la ionosfera y observar los procesos físicos en esa área conmocionada con la intención de modificar condiciones ecológicas. HAARP es también un arma de destrucción masiva, capaz de desestabilizar selectivamente regiones enteras. Esta tecnología fortalece la sospecha de que detrás de los últimos desastres naturales recurrentes está la mano oculta de Estados Unidos.

10) Desempleo real en Estados Unidos: 1 de cada 5 trabajadores está cesante
Los medios corporativos quisieran que Estados Unidos se sienta seguro en una época de crisis del empleo, pero la gente merece saber qué sucede realmente más allá de las mentiras estadísticas. El índice de desempleo lanzado por la Oficina de Estadísticas del Trabajo (BLS, en inglés) registra una baja al 9,4% en diciembre 2010 y en enero de 2011 desciende todavía más, al 9%, creando la ilusión de que la economía está recuperándose. Esta disminución falsa del desempleo se explica en parte por un “ajuste estacional”, donde mucha gente encuentra trabajos temporales durante los días de fiesta, por lo tanto se reduce el nivel de cesantía, pero sin seguridad en el empleo. Por otra parte, una vez que una persona cumple un año desempleada, el gobierno la excluye de las estadísticas, aunque siga parada. Según Shadowstats.com, la tasa real de desempleo asciende a 22,2%, más del doble de lo que proclaman los medios corporativos. Pareciera que el gobierno mantiene a la gente en la oscuridad sobre el índice real de desempleo para hacerle creer que la economía está mejorando y así conseguir elogios por su éxito en la reducción de la cesantía.

Las demás noticias más censuradas

11) Desenfrenado tráfico de mujeres iraquíes
El tráfico humano crece en todo el mundo, pero ha llegado a incrementos más frecuentes en Iraq, debido a la inestabilidad producida por la invasión de Estados Unidos y la guerra de casi una década. Muchas mujeres y niñas iraquíes quedaron viudas o huérfanas por muertes en tiempo de guerra. Actualmente, más de 50.000 mujeres iraquíes que huyeron a Jordania y Siria están atrapadas en servidumbre sexual, sin posibilidad de escape. Al estar en condiciones de no poder valerse por sí mismas y de apoyarse en sus hogares por las crecientes incapacidades gubernamentales, millares de mujeres iraquíes ha sido cazadas por los traficantes de sexo que se aprovechaban de este ambiente caótico.

12) Descarga de basura en el Pacífico
¿Realmente cree que su envase plástico se está reciclando? Mucha gente ignora que una masa de plástico remolinea en medio del Océano Pacífico y califica como la descarga de basura más grande del planeta. El Proyecto 5 Ciclos (5 Gyres Project) estima que ahora hay 143 mil millones de kilos de plástico en el Pacífico, equivalente a gran parte de la basura del mundo que ha sido trasladada hasta allí por el movimiento de las corrientes de agua y oceánico. Se encuentra acumulada en el área aproximada de 135° a 155°W y a 35° a 42°N.
No todo el plástico consigue ser reciclado, mientras la gente lanza negligentemente más envases vacíos. La basura plástica termina a menudo en sistemas de agua que las corrientes llevan hacia fuera en el océano, que muchas especies confunden con “alimentos” y tienen efectos calamitosos para la vida marina.

13) ¿Utilizarán un estado de emergencia para reemplazar la Constitución?
Un programa de la era de Eisenhower, que contempla medidas de emergencia para el supuesto de un Estados Unidos devastado por un ataque nuclear, ahora se remodela para conceder poderes secretos al presidente ante cualquier cosa que considere una emergencia. El proyecto “National Emergency Centers Establishment Act, HR [House of Representatives] 645” (Ley de Establecimiento de Centros de Emergencia Nacional, Cámara de Representantes [HR] N° 645”), introducido recientemente en el Congreso, establece “centros de emergencia nacional” en regiones importantes de Estados Unidos para proporcionar “vivienda temporal, médica y ayuda humanitaria a los individuos y familias dislocada debido a una emergencia, gran desastre” o “cubrir otras necesidades apropiadas”, determinadas por el Ministerio de Seguridad de la Patria. Para muchos, este programa suena a campos de concentración.

14) Continúa en Kenya la presión familiar para mutilar órganos genitales de niñas
Niñas tan jóvenes como de 9 años fueron amenazadas con morir si intentaran escapar de la localidad de Kamunera, distrito de Monte Elgon, Kenya, donde suelen ser concentradas para aguardar la mutilación de sus órganos genitales (clitoridectomía). Muchas jóvenes han sido forzadas a poner fin a sus estudios y a casarse a edad temprana, mientras algunas corren lejos para evitar la ablación. Los padres de esta área dicen a las jóvenes que nunca conseguirán casarse y ningún hombre las querrá si no hacen el procedimiento. Esta mutilación es sufrida hoy por millones de mujeres del mundo musulmán, África entera e incluso por hijas de inmigrantes islámicos que viven en países desarrollados.

15) Grandes contaminantes liberados por descuido ambiental
La administración Obama distribuye miles de millones de dólares de estímulo monetario entre algunos de los más grandes contaminadores de la nación y concede exenciones ante errores ambientales básicos. El objetivo principal de la administración, en palabras de Steven Chu, secretario de Energía, es “obtener el dinero y gastarlo lo más rápidamente posible”, todo esto para “impulsar la economía y crear puestos de trabajo para los desempleados”.

16) En China fabrican el “iPod” de Apple intoxicando trabajadoras (es)
Proveedores de Apple como Foxconn, Dafu y Lian Jian Technology violan rutinariamente la ley de China “sobre prevención y control de enfermedades profesionales”. Varios fabricantes substituyeron el alcohol por el n-hexano, que se utiliza para limpiar piezas y es una sustancia química que trabaja mejor, sólo que es un veneno para los operarios. En estas fábricas fuerzan a los trabajadores, a menudo mujeres adolescentes y veinteañeras, a trabajar con el veneno en recintos sin ventilación.

17) Bacterias “superbug” se esparcen por todo el mundo
Las letales superbacterias (“superbugs”) están expandiéndose sin que exista ningún control conocido. Estas superbacterias, que tienen resistencia genética a los antibióticos, contaminaron las fuentes de agua de Nueva Delhi y también afectan extensamente a Pakistán. El gen se separó a través de una bacteria que causa la disentería y el cólera, que pueden pasar fácilmente a las personas vía aguas residuales contaminadas. Científicos piden una acción sanitaria mundial urgente para evitar su expansión global.
La Organización Mundial de la Salud indicó que la “Nueva Deli”, también conocida como “Superbug NDM-1”, ya fue encontrada en pacientes británicos y alcanza niveles críticos. Estas superbacterias son resistentes a los “antibióticos carbapenem”, descubiertos en el microorganismo Streptomyces cattleya, que produce su propio antibiótico llamado "tienamicina". Los expertos están preocupados porque los “carbapenem” se utilizan para infecciones difíciles de tratar con otras drogas. En Europa ya han muerto 25.000 personas contaminadas por superbugs. El problema se agudizará, a menos que se desarrollen nuevos antibióticos más potentes.
18) Monsanto intenta beneficiarse del terremoto de Haití
En mayo de 2010, seis meses después que un terremoto destruyera Haití, la transnacional estadounidense Monsanto donó al país 475 toneladas de semillas de maíz y verduras híbridas. La “ayuda” fue apoyada por el Foro Económico Mundial de Davos y para distribuirla, se ofreció la polifacética Agencia Internacional de Desarrollo de Estados Unidos (USAID, en inglés), cuyas múltiples actividades abarcan el financiamiento de grupos terroristas y oscuros negocios de “obras públicas” en países ocupados por tropas de Estados Unidos, como Afganistán e Irak. Monsanto es la compañía de semillas más grande del mundo: controla el 20% del mercado y el 90% de patentes biotecnológicas agrícolas
Un mes después, el 4 de junio de 2010, hubo una demostración de alrededor de 10.000 campesinos haitianos contra la “donación” de Monsanto. “Si la semilla de Monsanto ingresa a Haití, desaparecerá la semilla del agricultor campesino”, dijo Doudou Pierre Festil, del Movimiento de Agricultores de Papaye y coordinador de la Red Nacional de Seguridad y Soberanía Alimentaria. Los agricultores haitianos denunciaron que las semillas de Monsanto no se pueden reutilizar cada año, porque conducen a la necesidad de comprar semilla nueva a la transnacional en cada estación de siembra. Además, la Organización Ruta del Agricultor advirtió que si entran las semillas de Monsanto podrían forzar a los agricultores a depender de esa compañía y que tal dependencia también podría extenderse a los fertilizantes y herbicidas requeridos, de paso producidos por la misma transnacional norteamericana. “El gobierno haitiano [de René Préval y su sucesor, Michel Martelly] utiliza el terremoto para vender el país a las transnacionales”, denunció Chavannes Jean Baptiste, coordinador del Movimiento de Campesinos de Papaye.

19) “No me ayude compadre”:
Oxfam denuncia que la ayuda se utiliza para propósitos políticos
Un nuevo informe de la ONG Oxfam indica que mil millones de dólares en ayuda internacional que habrían podido transformar las vidas de mucha gente en algunos de los países más pobres del mundo, fueron gastados en proyectos insostenibles, costosos y peligrosos. Añade que los gobiernos dispensadores utilizan su ayuda internacional para apoyar su propia política exterior y objetivos de seguridad a corto plazo.
A menudo, este tipo de ayuda elude, o “bypassea”, a la gente más pobre y distorsiona peligrosamente la línea entre actividad civil y militar. El informe mostró que los flujos de ayuda aumentaron mientras se cumplieron compromisos internacionales de donantes ricos entre 2001 y 2008, pero más del 40% del aumento de la ayuda fue concentrado en apenas dos países, Afganistán e Iraq, y el resto fue compartido por otros 150 países pobres.

20) Agencias de Estados Unidos intentan proscribir etiquetado de alimentos transgénicos
La Administración Federal de Alimentos y Drogas de Estados Unidos (FDA, por su sigla en inglés) y el Ministerio de Agricultura (USDA, en inglés) no hacen diferencia entre alimentos de origen genéticamente modificado y no transgénicos. También han propuesto al Comité Codex Alimentarius (Comida y Agricultura de la ONU) que ningún país pueda exigir obligatoriedad de etiquetado para alimentos transgénicos, fabricados con organismos genéticamente modificados (GMOs, por su sigla en inglés). La mayoría de los estudios de impactos en la salud de los alimentos transgénicos fueron hechos … por las mismas compañías productoras de alimentos GM.
Mientras aumenta la preocupación por el impacto de salud, el crecimiento humano y la alimentación en base a GMOs, la Organización Mundial de la Salud (OMS) identificó potenciales efectos alergénicos, resistencia a antibióticos, transferencia de genes, cruzamiento, modificaciones genéticas introducidas a poblaciones autóctonas, inestabilidad genética, susceptibilidad ante organismos no-identificados (insectos) y pérdida de biodiversidad.

21) Enfermedad de Lyme: Una epidemia emergente
La enfermedad de Lyme es una de las epidemias más política y controversiales de nuestro tiempo. Lyme se origina en bacterias transmitidas a través de mordeduras pero puede encubrir otras enfermedades como esclerosis múltiple, ALS (esclerosis lateral amiotrófica), ADHD (hiperactividad o déficit de atención) y otras alteraciones neurológicas. Y está creciendo, con la aparición de nuevos casos que emergen cada año, a una tasa combinada 10 veces más alta que el SIDA y el emergente Virus del Nilo del Oeste (West Nile Virus).
Las pautas de tratamientos actuales fueron desarrolladas por la Sociedad de Enfermedades Infecciosas de Estados Unidos (IDSA, en inglés), un grupo asociado a intereses farmacéuticos, seguros y universidades que se están beneficiando de los criterios de diagnóstico, vacunas y tratamientos recomendados para Lyme. Estas pautas, avaladas por el Instituto Nacional de Salud y el Centro para el Control y Previsión de Enfermedades (CDC, en ingles), prescriben dos terapias de antibiótico de 4 semanas.
Si un médico considera al Lyme como una condición más crónica que requiere tratamiento a largo plazo, corre el riesgo de perder su licencia por tratar pacientes fuera de las pautas de la IDSA. Y las compañías de seguros rechazan pagar tratamientos más largos a pesar de las pruebas que ilustran la naturaleza crónica de la condición y de la eficacia de terapias a largo plazo. Esto deja a millares de pacientes que sufren Lyme a manos de una comunidad médica comercializada que no reconoce la naturaleza crónica de su enfermedad, mientras el público inculto ignora su crecimiento epidémico.

22) Presupuesto participativo: empodera a ciudadanos locales y comunidades
El “presupuesto participativo” es un proceso que permite decidir directamente a los ciudadanos cómo asignar todo o parte de un presupuesto público, típicamente con una serie de reuniones, trabajo de “delegados” o representantes de la comunidad y, en última instancia, una votación final. Primero fue ejecutado en la ciudad de Porto Alegre, Brasil, en 1990, y se extiende desde entonces, al punto que arribó a suelos canadienses y norteamericanos. Por ejemplo, la Sala 49ª de Chicago utiliza este procedimiento para distribuir 1,3 millones de dólares de fondos discrecionales anuales. Los residentes elogian la oportunidad de tomar decisiones significativas sobre el proceso del presupuesto y de ganar mejoras concretas para su vecindad, como reparaciones de jardines y aceras de la comunidad, iluminación de calles y murales públicos.

23) Movimiento mundial para prohibir o gravar bolsas de plástico
35 países ya prohibieron el uso de bolsas plásticas, 9 países establecieron impuestos por su uso, 12 países consideran prohibiciones o gravámenes y 26 estados de Estados Unidos introdujeron legislación sobre uso de la bolsa plástica. La mayoría de los plásticos contiene sustancias químicas dañinas como BPA (Bisfenol A) y ftalatos, que resultan inseguros para el consumo o uso humano. Consumidores de todo el mundo utilizan cada año millones de millones de bolsas plásticas no reutilizables, cuyo promedio de uso es de 12 minutos, pero contaminan las aguas, sofocan humedales y enredan, enferman y matan a animales. Eventualmente, esto afecta la salud humana porque grandes animales comen pequeñas criaturas cargadas de plástico que se integran, a su manera, a la cadena alimentaria y los humanos terminan consumiendo animales que han comido ciertas formas de plástico no-biodegradable que se fabrica a partir de un recurso no renovable: el petróleo. Se estima que se requieren 3 millones de barriles de petróleo (477.000.000 litros) sólo para producir los 19 mil millones de bolsas plásticas usadas anualmente en California. En todos los países llegó el momento de legislar sobre sustitutos del plástico.

24) Medidas extremas convierten a Dakota del Sur en estado campeón anti-aborto
Dakota del Sur debate tomar medidas extremas contra cualquier persona que realice un aborto dentro de sus fronteras. El parlamento estadal considera redefinir el “homicidio justificable” que podría estimular asesinatos de “médicos que realicen abortos”.
La reforma, que tiene apoyo del partido Republicano, en teoría permitiría que el padre, la madre, el hijo, la hija o el marido de una mujer maten a cualquier persona que intentó proporcionar un aborto a esa mujer, incluso si ella quiso el procedimiento.

25) Obama esparce el letal “uranio empobrecido” en áreas pobladas de Libia
La guerra contra Libia del presidente Obama -no declarada y desautorizada por el Congreso-, podría configurar el crimen de esparcir tóxicos como óxido de uranio empobrecido (Depleted-Uranium, DU, por su sigla en inglés) en áreas pobladas de ese país. Tal preocupación fue manifestada por grupos como la Coalición Internacional para Prohibir Armas de Uranio, que monitorea el uso militar del DU en el revestimiento de munición anti-tanque y proyectiles penetrantes capaces de atravesar paredes subterráneas tipo bunker.
Hasta fines de marzo, Estados Unidos no introdujo en la campaña de Libia sus rayos A-10 Thunderbolts (rayo-trueno) conocidos también como “jabalí verrugoso” o “jabalí africano” (facoquero), probablemente porque esos aviones subsónicos de ala recta y pesadamente acorazados, son vulnerables a los misiles antiaéreos disparados desde el hombro que las fuerzas libias poseen en abundancia. Una vez que el bombardeo continuo mejoró la situación del control aéreo, sin embargo, es probable que estos aviones especializados en ataque terrestre fueran añadidos a las fuerzas atacantes. El A-10 tiene un cañón automático particularmente grande que dispara un calibre inusualmente también enorme, de 30 milímetros. Estos proyectiles a menudo cargan uranio sólido.

Ernesto Carmona, periodista y escritor chileno.

sábado, 1 de outubro de 2011