terça-feira, 20 de julho de 2010

A verdade sobre a candidata "terrorista"

Essa é uma tentativa de acabar de vez com essa "patacoada terrorista", que os adversários, como temos presenciado, nada éticos e, invariavelmente, emitindo mentiras, teem achacado as mais torpes inverdades sobre Dilma Vana Roussef e o PT. 

Em livro de Luiz Maklouf Carvalho, que ganhou inclusive o Prêmio Jabuti, do ano de 1998, o "MULHERES QUE FORAM À LUTA ARMADA", à página 389, temos o que foi recolhido a respeito da candidata.
Percebam que o autor, é o mesmo que forjou em 1989, uma situação sensacionalista sobre o "caso Lurian", quando Lula concorria à presidência, contra Collor de Melo.

Imagino que hoje, talvez, faltasse com a verdade, mas o livro, como já disse, escrito em 1998 e vencedor do citado prêmio na categoria "reportagem", não permite enganos e não há, fora tentativas falsas, como a ficha da "Folha", nada que se possa dizer em contrário, sobre a candidata.

Abaixo, a transcrição literal do trecho, no livro, que cita a candidata, isentando-a de qualquer participação pegando em armas e enaltecendo a lealdade ideológica da mesma: 


 "A outra mulher - abrindo mais um parêntese - era Dilma Vana Roussef Linhares, Mineira de BH, nascida a 14 de dezembro de 47 (filha de Pedro e Dilma Roussef), ingressou na Polop quando estudava Economia na UFMG. Foi recrutada pelo noivo (e depois marido) Cláudio Galeno de Magalhães Linhares e militou ao lado de Inês Etienne Romeu, Maria do Carmo Brito, Carmem Heringer Lisboa, Maria Auxiliadora Lara Barcelos e Maria josé Nahas, para citar só as mulheres. Com as primeiras prisões em Belo Horizonte, foi com o marido para o Rio (em fevereiro de 69), onde integrou o Colina (fusão entre as duas dissidências da Polop). Ensinou marxismo para uma célula (quatro militantes) do Setor Operário, escreveu artigos no jornal Piquete, ajudou na infra-estrutura de algumas ações armadas (três assaltos a banco) e subiu para a direção do Colina (com Herbert Eustáquio de Carvalho, Carlos Alberto Soares de Freitas, Juarez e Maria do Carmo). Nessa condição fez viagens ao Rio Grande do Sul, Brasília e Goiânia. Estava no congresso de Mongaguá quando o Colina e a VPR criaram a Var-Palmares - e estava igualmente no de Teresópolis para testemunhar o "racha dos 7". Ficou na VAR - lutou como pôde para impedir uma revoada maior para a nova VPR - e durante alguns meses ficou no vai-e-vem entre São Paulo e Santos (onde também morou). O "racha" que levou à nova VPR não abalou sua amizade pessoal com Iara Iavelberg. Hospedou-se no Rio, no meio da encrenca.
  Separou-se do marido (que se mudou para Cuba nas asas de um sequestro de avião, a 1º de janeiro de 70) e tornou-se companheira de Carlos Franklin Paixão de Araújo, também militante da VAR (preso e torturado) e mais recentemente deputado estadual pelo PDT gaúcho. São casados até hoje. Dilma foi presa a 16 de janeiro de 1970 e extremamente torturada. Mereceu, do procurador militar que a denunciou, os epítetos de "Joana D'Arc da subversão", "papisa da subversão", "criminosa política" e "figura feminina de expressão tristemente notável". Fiz uma tentativa para localizá-la - mas ela estava em viagem ao exterior."

Pois é isso que encontramos a respeito de Dilma na literatura sobre os "Anos de Chumbo" .
As expressões usadas pelo procurador, que poderiam denotar traços negativos, se analisados hoje, à luz do tempo e sabendo das atrocidades que sofriam os torturados, marcam bem a personalidade forte e a lealdade da candidata petista à Presidência, aos seus, fazendo-nos antever o grau de comprometimento que a mesma terá, em relação às propostas que vem apresentando nos espaços onde tem se manifestado.

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