Em livro de Luiz Maklouf Carvalho, que ganhou inclusive o Prêmio Jabuti, do ano de 1998, o "MULHERES QUE FORAM À LUTA ARMADA", à página 389, temos o que foi recolhido a respeito da candidata.
Percebam que o autor, é o mesmo que forjou em 1989, uma situação sensacionalista sobre o "caso Lurian", quando Lula concorria à presidência, contra Collor de Melo.
Imagino que hoje, talvez, faltasse com a verdade, mas o livro, como já disse, escrito em 1998 e vencedor do citado prêmio na categoria "reportagem", não permite enganos e não há, fora tentativas falsas, como a ficha da "Folha", nada que se possa dizer em contrário, sobre a candidata.
Abaixo, a transcrição literal do trecho, no livro, que cita a candidata, isentando-a de qualquer participação pegando em armas e enaltecendo a lealdade ideológica da mesma:
"A outra mulher - abrindo mais um parêntese - era Dilma Vana Roussef Linhares, Mineira de BH, nascida a 14 de dezembro de 47 (filha de Pedro e Dilma Roussef), ingressou na Polop quando estudava Economia na UFMG. Foi recrutada pelo noivo (e depois marido) Cláudio Galeno de Magalhães Linhares e militou ao lado de Inês Etienne Romeu, Maria do Carmo Brito, Carmem Heringer Lisboa, Maria Auxiliadora Lara Barcelos e Maria josé Nahas, para citar só as mulheres. Com as primeiras prisões em Belo Horizonte, foi com o marido para o Rio (em fevereiro de 69), onde integrou o Colina (fusão entre as duas dissidências da Polop). Ensinou marxismo para uma célula (quatro militantes) do Setor Operário, escreveu artigos no jornal Piquete, ajudou na infra-estrutura de algumas ações armadas (três assaltos a banco) e subiu para a direção do Colina (com Herbert Eustáquio de Carvalho, Carlos Alberto Soares de Freitas, Juarez e Maria do Carmo). Nessa condição fez viagens ao Rio Grande do Sul, Brasília e Goiânia. Estava no congresso de Mongaguá quando o Colina e a VPR criaram a Var-Palmares - e estava igualmente no de Teresópolis para testemunhar o "racha dos 7". Ficou na VAR - lutou como pôde para impedir uma revoada maior para a nova VPR - e durante alguns meses ficou no vai-e-vem entre São Paulo e Santos (onde também morou). O "racha" que levou à nova VPR não abalou sua amizade pessoal com Iara Iavelberg. Hospedou-se no Rio, no meio da encrenca.
Separou-se do marido (que se mudou para Cuba nas asas de um sequestro de avião, a 1º de janeiro de 70) e tornou-se companheira de Carlos Franklin Paixão de Araújo, também militante da VAR (preso e torturado) e mais recentemente deputado estadual pelo PDT gaúcho. São casados até hoje. Dilma foi presa a 16 de janeiro de 1970 e extremamente torturada. Mereceu, do procurador militar que a denunciou, os epítetos de "Joana D'Arc da subversão", "papisa da subversão", "criminosa política" e "figura feminina de expressão tristemente notável". Fiz uma tentativa para localizá-la - mas ela estava em viagem ao exterior."
Pois é isso que encontramos a respeito de Dilma na literatura sobre os "Anos de Chumbo" .
As expressões usadas pelo procurador, que poderiam denotar traços negativos, se analisados hoje, à luz do tempo e sabendo das atrocidades que sofriam os torturados, marcam bem a personalidade forte e a lealdade da candidata petista à Presidência, aos seus, fazendo-nos antever o grau de comprometimento que a mesma terá, em relação às propostas que vem apresentando nos espaços onde tem se manifestado.
"A outra mulher - abrindo mais um parêntese - era Dilma Vana Roussef Linhares, Mineira de BH, nascida a 14 de dezembro de 47 (filha de Pedro e Dilma Roussef), ingressou na Polop quando estudava Economia na UFMG. Foi recrutada pelo noivo (e depois marido) Cláudio Galeno de Magalhães Linhares e militou ao lado de Inês Etienne Romeu, Maria do Carmo Brito, Carmem Heringer Lisboa, Maria Auxiliadora Lara Barcelos e Maria josé Nahas, para citar só as mulheres. Com as primeiras prisões em Belo Horizonte, foi com o marido para o Rio (em fevereiro de 69), onde integrou o Colina (fusão entre as duas dissidências da Polop). Ensinou marxismo para uma célula (quatro militantes) do Setor Operário, escreveu artigos no jornal Piquete, ajudou na infra-estrutura de algumas ações armadas (três assaltos a banco) e subiu para a direção do Colina (com Herbert Eustáquio de Carvalho, Carlos Alberto Soares de Freitas, Juarez e Maria do Carmo). Nessa condição fez viagens ao Rio Grande do Sul, Brasília e Goiânia. Estava no congresso de Mongaguá quando o Colina e a VPR criaram a Var-Palmares - e estava igualmente no de Teresópolis para testemunhar o "racha dos 7". Ficou na VAR - lutou como pôde para impedir uma revoada maior para a nova VPR - e durante alguns meses ficou no vai-e-vem entre São Paulo e Santos (onde também morou). O "racha" que levou à nova VPR não abalou sua amizade pessoal com Iara Iavelberg. Hospedou-se no Rio, no meio da encrenca.
Separou-se do marido (que se mudou para Cuba nas asas de um sequestro de avião, a 1º de janeiro de 70) e tornou-se companheira de Carlos Franklin Paixão de Araújo, também militante da VAR (preso e torturado) e mais recentemente deputado estadual pelo PDT gaúcho. São casados até hoje. Dilma foi presa a 16 de janeiro de 1970 e extremamente torturada. Mereceu, do procurador militar que a denunciou, os epítetos de "Joana D'Arc da subversão", "papisa da subversão", "criminosa política" e "figura feminina de expressão tristemente notável". Fiz uma tentativa para localizá-la - mas ela estava em viagem ao exterior."
Pois é isso que encontramos a respeito de Dilma na literatura sobre os "Anos de Chumbo" .
As expressões usadas pelo procurador, que poderiam denotar traços negativos, se analisados hoje, à luz do tempo e sabendo das atrocidades que sofriam os torturados, marcam bem a personalidade forte e a lealdade da candidata petista à Presidência, aos seus, fazendo-nos antever o grau de comprometimento que a mesma terá, em relação às propostas que vem apresentando nos espaços onde tem se manifestado.
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