domingo, 27 de junho de 2010

Cartilha ensina como fazer parte da "massa cheirosa"

via Futebol, política e cachaça
Posted: 27 Jun 2010 06:43 AM PDT
Já foi destacado aqui o vídeo em que a expressão "massa cheirosa", dita por um correligionário tucano, foi utilizada pela primeira vez (ao menos publicamente) para qualificar (?) a militância do PSDB. Agora, via Luís Nassif, chega uma matéria do jornal ABCD Maior a respeito de uma cartilha que dá os... digamos, "fundamentos" para que o apoiador tucano possa se comportar da forma devida e de acordo com a expressão. A íntegra da matéria, abaixo, fala por si só:

Deputado tucano dita moda para correligionários
Por: Karen Marchetti  (karen@abcdmaior.com.br)

Orlando Morando lança manual do colaborador que trata de temas como depilação, esmalte, banho, saias e normas de higiene

Você que não mantém a depilação em dia, deixa o esmalte ficar descascado, usa acessórios grandes e vestidos ou saias acima do joelho, desista de pedir votos ou militar nas eleições de 2010 pelo deputado estadual Orlando Morando (PSDB).

Na semana passada, o deputado, que disputará a reeleição, entregou aos correligionários um ‘Manual do Colaborador’. A cartilha traz a biografia, os trabalhos realizados no mandato e também uma espécie de norma de conduta que determina como trabalhador de sua campanha deve agir e vestir-se.

Recomendações como “Nem sempre todas as mulheres possuem o perfil para usar o que está na moda”, “Água e sabão e bom senso não faz mal a ninguém e todos agradecem”, “Não é porque seu colega está de camisa curta ou a mocinha de miniblusa que você irá se vestir assim” e “Lembre-se você é um produto que representa um político”, foram passados para os trabalhadores.

A intenção do deputado, de acordo com o texto do manual, é valorização “do ser humano em suas melhores características”.  Muitos saíram indignados do encontro que apresentou a cartilha no último sábado, no Buffet Tutti Noi.

Na avaliação de Rita Ronchetti, militante da Marcha Mundial de Mulheres, o manual aponta atitudes discriminatórias do parlamentar tucano. “Como assim orientar a tomar banho? Acha que o povo não toma banho? É uma estética do capitalismo. Todo mundo quer ganhar voto. Inclusive colocando o preconceito dele. É um comportamento de ditar valores. Agora, cabe à pessoa que vai trabalhar aceitar ou não”, opina Rita.

A assessoria de imprensa  de Morando foi procurada pela reportagem do ABCD MAIOR, mas não retornou o pedido de entrevista.

O link original está aqui.

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