terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A Cor do Inferno

Texto de Eduardo Pacheco de Carvalho

A vergonha também possui seus pilares de sustentação. No sentido figurado, pode-se facilmente interpretar aquela imagem do torcedor coxa-branca segurando em suas mãos dentro do gramado, o “tripé” do instrumento jornalístico tomado de assalto naquele verdadeiro estado de natureza recriado em pleno século XXI. No entanto, insuficiente para impedir-se o registro histórico. Analogamente, três características foram os determinantes do fracasso alvi-verde anunciado: discurso, omissão e amadorismo. Discorrer sobre isto aqui, num site Atleticano, faz sentido à medida que se reconhece que estes ingredientes rondam exaustivamente o ambiente rubro-negro. Diria que tais similaridades servem de alerta, apontando a necessidade urgente de uma nova quebra de paradigma dentro do próprio CAP.

DISCURSO. A oratória é uma das mais arcaicas e popularescas formas de manipulação de massa que se tem notícia na história da humanidade. A faculdade de se articular palavras, tentando dar a elas um sentido particular, mesmo que imbuída de falsidade, pode alcançar seus efeitos desejados, claro que nunca por tempo indeterminado. Mas o desprovimento de inteligência dos adeptos desta prática não tarda a cair por terra, revelando-se, àqueles mais ingênuos, somente no final. Isto porque a verdade sempre foi e sempre será uma só. E esta unicidade é um dos maiores mistérios que pululam a práxis humana, no sentido de se saber ou não lidar com ela. Os que não sabem, valem-se do discurso. Artifício que não evita a implacável força da lei da natureza, que os covardes rotulam como “o imponderável”. Quando peco pelo excesso de educação, chamo de “ingênuos” os que são, na verdade, os “desprovidos de cultura”.

Então o encobrimento da realidade, fruto da ausência de capacidade – e não de competência, pois a agremiação em questão, esteve sim habilitada para disputar a primeira divisão em 2009, tal qual os outros 19 participantes – toma corpo a cada medida ou atitude, que valha-se da mera junção de palavras para desviar o foco do mundo real. Por exemplo, vilipendiar a própria história, inventando a “estória do centenário”. Como se o passado fosse ressuscitado, reencarnado e colocado em campo para competir: desrespeito total e irrestrito aos pontuais memória e tradição. Qualquer animal deste planeta sabe, instintivamente, que nada disto tem validade na hora H. O que importa é o presente. Ipsis litteris, foi o que ocorreu conosco ano passado, com a falaciosa “estória da quebra do recorde de invencibilidade”: poucos atentaram para isto, deu no que deu. Similaridade: sinal de alerta.

Novo exemplo: o conluio com a mídia esportiva local. Nada mais precisa se dizer sobre a relação incestuosa entre RPC, GPP e CFC, bem como parte do pessoal de rádio, muito menos sobre a imprensa escrita. Quem fere a ética profissional, desrespeitando e menosprezando o próximo, das mais variadas formas possíveis, corre um imensurável risco de, sem xilocaína, sentir no pescoço a foice do destino, símbolo da morte sobre aquilo que nasceu terminal, questão apenas de tempo. Princípios de moralidade, imparcialidade e da boa-fé foram literalmente desprezados pela grande maioria destes meios de comunicação, culminando neste bem merecido presente natalino, compatível com seu comportamento durante o ano. A ausência de princípios deturpa o meio, antecipando o fim. Pública e notória, esta relação erótico-imoral foi também importante causa desta conseqüência, componente do complexo etiológico de tal mortandade. Só é imune aquele que se previne, e todo comportamento de risco clama por fatalidade. Os “formadores de opinião” regionais, nunca terão a força da Vênus platinada nacional, que hoje feliz está pelo título, mas principalmente pela manutenção dos moribundos cariocas do “pó de arroz” e da “estrela solitária” – sensação do dever cumprido - com bastante prejuízo aos últimos adversários de ambos, em função das coisas “esquecidas” ou “irrelevantes” deixadas pelos (des)caminhos do bairrismo anti-profissional, do poder centralizado, ares de monarquia na república das bananas, nem tão federativa assim.

Outro: a invenção de um ídolo. Prova da perda de referenciais - daquele mesmo passado que eles tentam ressuscitar, impossibilidade comprovada pelo descenso – fazendo de jogadores medianos craques de futebol, aquém do gogó. Similaridade: sinal de alerta. Quem já teve Hidalgo, Aladim, Jairo e até o próprio Keirrison, violentar sua história induzindo que o mameluco mercenário paraibano de tampa amarela é ídolo, agora tem de limpar o próprio vômito, misturado a sangue, o que é deveras mais difícil: assepsia de secreção verbo-hemorrágica. Nada soou como estranho o fato deste sujeito itinerante ser tratado como rei, viajando a parte, treinando quando bem entendesse, orientando seus asseclas a comportarem-se conforme a premiação extra, não sem provocar divisões internas no grupo (similaridade: sinal de alerta) em razão de sua astronômica faixa salarial, totalmente díspare da realidade financeira e social que o país atravessa, pois nunca e em lugar algum haverá unanimidade, nem nas democracias plenas. Derrotas “de quatro” tornaram-se freqüentes para aqueles que um dia deleitaram-se da vexatória situação alheia, montada por eles mesmos, a partir de uma foto batida por uma máquina apoiada num tripé semelhante ao que ontem estava no gramado, fora do lugar, mas bem dentro de sua inconsciência. Leis da Física, ignoradas pelos ignorantes que hoje se encontram “surpresos”, por pensar que não haveria volta, desta vez à altura, mas com categoria.

OMISSÃO. Conseqüentemente, não foram tomadas providências necessárias para trabalhar com a realidade que o clube atravessava, nos mais variados setores. Péssimos jogadores, comandados por um péssimo treinador, que já provou em nossos domínios sua fraqueza profissional. Quem trouxe para cá Irênio, Zé Antônio, Michel e Fahel, sendo eliminado da Copa do Brasil pelo Corinthians Alagoense, tendo antes disso entregado o título do campeonato paranaense em plena Arena ao rival, por ter em sua principal característica a passividade, recuando porque “assim já está bom”, não pode ser rotulado como “bom técnico” a vida inteira em função do “sucesso” parcial com Ipatinga e Flamengo. Mantê-lo, insistindo no erro, é pura omissão. Similaridade: sinal de alerta. Procedimento comum no Atlético, com a devida exceção a Antônio Lopes. Como bem disse Mauro Singer, caíram no “conto do técnico”. Para ser campeão, não basta ser educado e tocar violão. O perfil exige muitíssimo mais do que isso. Na minha opinião, com a boleirada que anda por aí, há de ser o treinador, no mínimo, um desbocado, cuja testosterona não esteja concentrada em poucas gotas na ponta da língua, mas sim em muitos mililitros nos neurotransmissores da sua consciência.

Além da omissão do Departamento de Futebol para com sua função, conivente com as derrotas e a péssima campanha fora de casa, o mesmo ocorreu no campo logístico, cuja diretoria foi co-responsável pela selvageria do domingão - que não foi do Faustão e sim de Urbano II, pois a “cruzada” da invasão de campo seguida das covardes agressões também a desmaiados e linchamentos, com posterior depredação dos patrimônios público da sociedade curitibana e particular de outrem, tratando-se aqui nada mais nada menos do que a VIDA, teve outra conotação, além daquilo que foi simplesmente declarado - tanto que agiu com extrema irresponsabilidade na questão segurança, tanto pública quanto particular, permitindo a realização da partida com aquele mínimo efetivo policial presente, sem aparato condizente com o porte do risco que corriam. 50 PMs agregados a 250 (novamente discurso?!) seguranças particulares a trabalhar dentro do “estádio”, sinceramente é mais do que mera culpabilidade. Adeptos do “achismo”, ignoraram a possibilidade de vitória do Botafogo em pleno Rio de Janeiro, sobre o decadente Palmeiras fruto apodrecido da falácia midiática paulista. Ignoraram a sustentabilidade ‘global’ do Fluminense. Ignoraram a realidade. Apostaram na sorte, coisa que não existe. E acharam que o portão usado para as crianças entrarem junto com o time (time?!), ser propositalmente aberto nos segundos finais do jogo, não fosse dar problema. E que as ameaças vindas da própria torcida na semana antecedente e antes da partida, não tinham fundamento: ignorar tudo isto, é mais do que omissão, é covardia para com qualquer instituição (que se preze).

AMADORISMO. Não conhecer de Futebol, isto é, não saber quem é e quem não é bom jogador. Elementar, essencial, básico, primordial a quem se denomina dirigente deste esporte. Similaridade: sinal de alerta. Deixam na mão dos empresários de atletas, os quais transformam seu ofício na montagem de uma equipe que não é deles. Ibidem. O apelo à torcida no jogo da morte, com o barateamento do preço dos ingressos, foi um verdadeiro atestado de anti-profissionalismo, facilitando o acesso àquela parcela da população, que foi alijada de todo o resto da competição, numa tentativa bestial de “inclusão social” fundada em quantidade, a qual lhes traria libertação. A contrapartida dos “cincão”, se fará historicamente incalculável. Sem estereotipismo, quem nunca entrou na arquibancada, foi lá para o que desse e viesse. Como não deu, tiveram a reação típica dos excluídos da vida social brasileira, por falta de oportunidades, educação, saúde, emprego e tantas outras necessidades básicas. Excluídos da série A, lembraram-se que são excluídos de direitos sociais da primeira à quinta dimensão, resolvendo se manifestar contra isso, embora injustificavelmente. E como exigir comportamento de quem não tem instrução? Com prevenção. O que igualmente não se verificou quando vieram á mídia aliada anunciando a estória do “novo estádio”, finamente desenhado nas audaciosas cartolinas do além-mar, interditado mesmo antes da licença ambiental que nunca existirá.

O discernimento também tem seu limite. A violência, atribui-se apenas a parte da torcida, mas negar que não foi a torcida do Coritiba, é hipocrisia. Não foram eles que colaboraram com o espetaculoso “Green Hell”? Não comemoraram o gol de empate? No fim, as três reações: uns choraram por dentro, de indignação recorrente. Outros por fora, por falta de prevenção. Os últimos, bateram, saquearam, roubaram, destruíram, depredaram ou seja, extravasaram o que há por dentro. Por isto eu digo que a índole da torcida coxa-branca é diferenciada. Simplesmente, porque é violenta. Está no sangue de quem se autodenominou “imperialista”, prática normalíssima da época do medievo: a barbárie generalizada. Foram torcedores sim, e rebatizá-los como “vândalos”, “bandidos” ou “criminosos”, é fugir da verdade. Atribuir a violência deliberada às drogas consumidas e encontradas, também é dirimir fatos, desviar responsabilidades, afastar obrigações. Delegar funções inerentes aos deveres de quem assumiu um pleito, não é cabível senão com uma diretoria eminentemente covarde, que passou longe de suas promessas eleitorais. Similaridade: sinal de alerta.

Mais de amadorismo quando TODOS resumem sua “glória” a nos superarem nos placares. Nada além disto. Como exceção a esta regra, sua 2ª e derradeira alegria é escutar o manjadíssimo Milton Neves cuspir que são “a maior torcida e o maior clube do Paraná”, algo que não mete medo nem em filhote de pinscher miniatura. Como não têm capacidade para evoluírem per se, o que lhes resta além da mídia são as vitórias sobre nós, dignas de “taças” inventadas pela imprensa marrom: aí está a taça. Reconstruam as altas galerias da glória destruídas pelo vandalismo decorrente de suas inconseqüências e a coloquem na estante. Recuperem o tripé, resgatem a máquina fotográfica e registrem para sua história, se forem homens.

Por fim, amadorismo na divisão interna, desunião, sectarismo na formação de chapas distintas que desejam o poder total indivisivelmente - sem composição alguma, sem homogeneidade em torno do mesmo ideal, provando que os interesses são diferentes - fundamentados unicamente nos seus interesses e não nos do Clube como Instituição. Similaridade: sinal de alerta.

Confesso que eu preferia outra coisa: que caíssem os dois cariocas, em razão de tudo aquilo que foi veiculado pela mídia platinada durante todo o ano e principalmente agora. Não escondo minha ponta de satisfação em função de que eles (os coxas) não fizeram por onde. Inobstante a ajuda venusiana, os últimos 11 adversários do Fluminense não foram capazes de superar a novela da recuperação carioca, inclusive nós. Tirar pontos do Palmeiras no legítimo gol de Obina, foi tão (in)justo quanto quando fizeram a mesma coisa para que o verdão do sudeste voltasse à primeira divisão, para com os adversários palmeirenses daquela hora: um dia, há de se pagar, um dia, mas neste mundo. Sobretudo, o campeonato começa no 1º jogo, coisa que uma parcela considerável do povo futebolístico ignora, pois é mais fácil achar que tudo se resume ao que ocorreu na última partida, sendo difícil reconhecer a inoperância da realidade continuamente presente.

Isto porque não os considero adversários (os coxas). Adversários, em função do que somos há algum tempo, são Grêmio, São Paulo, Santos, Cruzeiro, Avaí, por que não Sport...Pathuca, Nacional do Uruguai, River Plate, Chivas Guadalajara. A tal rivalidade provinciana, já foi, há décadas. Dylan ensinou: “the times they are a changing”. Temos que evoluir, junto com a humanidade, nunca retroceder.

E é este perigo de retrocesso que deve nos preocupar, diante das similaridades apontadas acima, afinal os recém rebaixados são considerados por nossa diretoria nossos “co-irmãos”. Seria pelo bem da pós-modernidade? Como, se não vivemos nem a modernidade propriamente dita? Esquecer simplesmente a inveja gionédica e apagar as diferenças como se tivesse às mãos uma reles borracha escolar? Isto é altruísmo ou passividade? Altivez ou ignorância? Até que ponto este ideário coletivo deve aniquilar o sentimento individual? Como almejar nosso futuro junto com quem acaba de destruir seu presente? Aliar-se com quem fez daquela tríade da vergonha (discurso, omissão e amadorismo) sua bandeira hasteada sobre nossa honra?

“Co-irmão”: irmão que anda ao lado. O quê pode se entender por “irmão”, que vá além do grau impossibilitado de parentesco? Um amigo que é elevado à categoria de parente, tal a proximidade de idéias, opiniões, gostos e sentimentos afins, por vezes contrários, mas imbuídos de amizade, a ponto de denotar familiarização. Portanto, co-irmão é aquele amigo que caminha adjacente a nós. Não obstante termos alguns amigos muito mais irmãos do que nossos próprios irmãos de sangue. Mas então não digam que é falho o ditado popular “dize-me com quem andas que te direi quem és”: todavia encaixam-se aqui as influencias mútuas exercidas entre os vizinhos de coração. E se do lado de lá a coisa chegou neste ponto, o prognóstico para nós é totalmente desfavorável, diante repito das tais similaridades, agora explicadas por que: familiaridade, identificação, fraternidade, uma certa comunhão, demonstrando gestões comuns, administrações semelhantes, posicionamentos, comportamentos, atitudes e medidas afins. No curso da vida, seres da mesma espécie têm destinos semelhantes. Desculpem-me os partidários da igualdade comunitária, mas eu sou de outra estirpe, totalmente rubro-negra. Outra índole, outra tábua de valores, virtudes distintas. Eu e mais 100% da torcida do Clube Atlético Paranaense.

Como saldo deste fim de semana, além deste alerta frente à similitude gestora, fica um convite às autoridades responsáveis pela vigilância das concessões dos meios de comunicação, os quais diante de tal absurda realidade, mostram-se ou incompetentes ou parciais, fazendo da notícia o que bem querem que o povo entenda. Não fosse a rádio Banda B, inúmeros fatos ocorridos não teriam sido revelados, tendo as TVs limitando-se às imagens em campo, esporadicamente nas ruas. As depredações extra-campo, só a rádio noticiou. Assim, a população brasileira fica refém dos interesses do veiculante. Você receber parte de uma notícia, sabendo que ela atingiu proporções muito maiores, faz sentir ao mesmo tempo pena, indignação e revolta, pois diante de tanta tecnologia, a informação parece viver tempos compatíveis àquele mesmo estado de natureza, hobbesianamente ensinado, mas que por falta de cultura, não foi aprendido, concebido, muito menos transformado.

Para os americanos, o 11 de setembro, conseqüência de sua índole bélica que visava o domínio internacional. Para os coxas, o 6 de dezembro, conseqüência de sua índole bélica que visava o domínio regional. Torres Gêmeas e Monumental: gigantes destruídos pela reação da própria natureza, mais nada além disso. Reação ao imperialismo medieval, ora na forma de capitalismo, ora na forma de manipulação. Corroídos pela imoralidade, espessos vidros temperados e grossas camadas de tinta não esconderam a derrocada de seus governantes, os amadores omissos que sobreviveram enquanto puderam na base do discurso, não sem direcionar a fatalidade aos que nada tiveram a ver com isso. Outros pagam por uns. Típico da tirania, da oligarquia.

Resta saber se a Prefeitura Municipal unirá em breve os dois cemitérios. Criando o belo Memorial da Glória, em homenagem à queda do autoritarismo e da soberba, patognomônicos na mente dos netos que foram capazes de covardemente assassinar o próprio Vovô.

Do lado de cá, longe da gloriosa Manhatthan, que o paradigma novamente se rompa, com solução de continuidade. Porque tudo, mas tudo mesmo na vida, já está escrito. É preciso ler, informar-se e precaver-se. Isto é, é preciso cultura.

Em nome de minha saúde, submeti-me esta semana a uma litotripsia percutânea (extracorpórea) renal, operado pelo grande Urologista Cirurgião dr Ney de Almeida Faria Neto, meu primo, coxa-branca. Em respeito a ele, como exceção, removerei os pontos com seu irmão, o grande CD Ortodontista dr Daniel de Souza Lobo Faria, dedutivamente também meu primo, só que Atleticano.

E também pelo bem de minha saúde, com esta que você acaba de ler, fiz uma auto-biópsia excisional removendo definitivamente de mim esta porção colaboradora na forma de colunas para os variados sites rubro-negros, ora odiada, ora vetada, às vezes agraciada, mas persistente nos últimos 4 anos. Assim, garanto finalmente a busca do meu mais completo bem estar físico, mental e social. Fiz minha parte. Agora, é com o Poder Público na identificação das condutas. E com os outros 100% de Atleticanos, na eleição de Atleticanos de Verdade. Verdade que é uma só. Isto é, a saúde do CAP: simplesmente o alvo do novo paradigma. Porque a “base”, não conseguiu ganhar do Barueri, cuja folha de pagamento é substancialmente inferior a nossa: sinal prodrômico, patológico. Deixo no ar a pergunta: alguém aí no dial se habilita? Onde você quer passear em 2011?

Moral da história (sim, com H): “O INFERNO É VERDE!” - E também branco pelas almas penadas, preto pelo sangue coagulado e cinza pelos destroços materiais. Destroços do histórico 6 de dezembro. Culpar os Talibãs, é o mesmo que culpar os invasores, ou seja, os torcedores “vândalos, bandidos ou criminosos”.

-“Chupa, RPC! Chupa Tribuna! Chupa Transamérica! Agora chupa!” – não fosse a desconsideração por Riquelme, diria eu que Diego Armando sabe quase tudo...

ps: Eduardo Pacheco de Carvalho foi colaborador de sites Atleticanos desde 2006. Mas não vai parar de sonhar com um Atlético competitivo, com jogadores que honrem camisa, cores, hino, salário, estrutura e Torcida, imbuídos de princípios balisadores e virtudes evolutivas, sob um comando técnico corajoso e ofensivo, retomando o bom Futebol e o destino vencedor que outrora caracterizaram como indelével marca dimensionada muito além da magnitude dos corações de seus Torcedores. Deseja a TODOS os Atleticanos um feliz 2010. Mais nada.

Arremate: “Motivo” – poema de Cecília Meireles, musicado por Raimundo Fagner.

“Eu canto, porque o instante existe
E a minha vida está completa
Não sou alegre nem sou triste, sou poeta
Não sou alegre nem sou triste, sou poeta
Irmão das coisas fugidias
Não sinto gozo nem tormento
Atravesso noites e dias no vento
Se desmorono ou se edifico
Se permaneço ou me desfaço
Não sei se fico ou passo
Eu sei que eu canto e a canção é tudo
Tem sangue eterno a asa ritmada
E um dia eu sei que estarei mudo, mais nada
Amanhã estarei mudo
Mais nada”.

Um comentário:

  1. Brilhante texto, Eduardo. Parabéns.
    Disse tudo e só me resta desejar-te um feliz ano novo e que seja feliz pela grandiosidade do nosso Atlético (Se o Molecélli) deixar...

    Abs

    Charlie

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Posso não publicar, baseado nas regras de civilidade que prezo. Obrigado.