segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Falácia irresponsável

A ascenção do Atlético Paranaense após 1995, o fez ficar visado por várias frentes em todo o País.
É notório na "raça", que qualquer coisa que se faça com sucesso, gera ciúmes, inveja, sentimentos baixos, enfim, que desqualificam, por pressuposto, a quem não abranjam.
Foi o que se deu no Brasil, por quem não conseguiu assimilar "o novo", que o Furacão passou a representar na cena futebolística brasileira, a partir daquela data.
Até então coadjuvante desta cena, o Atlético passou a ter um destaque, merecido, pelas conquistas que começou a obter, à custa da genialidade de uma equipe de pessoas de vanguarda, que assumiram o Clube, por conta de um dos maiores vexames a que foi submetido em sua história. Uma goleada por 5 x 1, para o maior rival, em um pleno Domingo de Páscoa.
Apesar da vergonha, a torcida mais fanática do Paraná, não quebrou a cidade, mas doando amor, o jogo já se encaminhando para o final, começou a entoar o Hino do Clube, emocionando profundamente o homem, que viria a ser a "mola" dessa subida sensacional, que apesar do mau momento, ainda rende dividendos, e que com um pouco mais de empenho e inteligência, seguirá crescendo, para desespero ou admiração de muita gente boa, que os cães, continuarão latindo ao passar da Carruagem.
Pois bem. Mario Celso Petraglia, fez esse sonho de grandeza tornar-se realidade para o Rubro-Negro, auxiliado por pessoas de visão e trabalhadoras, talentosas, fazendo a "abóbora" virar "Carruagem".
Construiu o mais moderno Estádio do Brasil, àquela altura, um CT padrão FIFA, escolhido inclusive para abrigar a Seleção Brasileira antes da viagem à África em 2010, teve jogador do Clube participando, ativamente, da campanha de 2002, no penta canarinho, conquistou um Campeonato Brasileiro, em 2001, foi vice, em uma Libertadores contra uma equipe que se viu beneficiada por um destes erros absurdos de regulamento, que preteriu um Estádio moderno e seguro, à guiza de ganhar dinheiro, pelo menos e se isso não é tudo, não é pouco, especialmente fora do grande centro Rio-São Paulo, prá não citarmos Minas e Rio Grande do Sul, falando em futebol e por que não dizer, "no resto".
Petraglia tentou "europeizar" a gestão do Clube e entre outras, proibiu o entra-e-sai de repórteres, por exemplo, prá cobrir o dia-a-dia do mesmo, causando muita mágoa, neste público tão dado a achar-se o dono da verdade e de todos os espaços, privados ou não. Tinha dia certo para coletivas com dois jogadores por vez e ninguém sabia ao certo as novidades do Clube, divulgadas pelo próprio, em coletivas, quebrando os eventuais "furos" da imprensa, o que gerou um mal estar tremendo para esta mesma imprensa esportiva local.
A má vontade que passou a predominar nos comentários sobre a equipe, daí prá diante e até agora, já passada a gestão de Mario Celso, mesmo tendo se abandonado àquela linha, é notória, seja na imprensa escrita, seja na televisada e no rádio, não sei a quantas anda, não ouço, mas não deve ser muito diferente.
Tem os que "metem o pau" direto, faça-se o que fizer no Clube e isso vai até dentro de um certo limite, mas os destaques dados ao maior rival, são visivelmente exagerados e pelo nada que o mesmo apresenta de gestões inovadoras, de sucesso, de empreendedorismo, faz pensar que seja para "cutucar" o Furacão.
Não vou dizer que foi só isso, mas o tratamento dado ao time centenário neste ano, comprovadamente foi um dos motivos que desembocou na desgraceira de ontem.
Claro que um clube de futebol, que tem como maior objetivo na vida, vencer seu maior rival regional e só, não merece mesmo, muito mais que isso e foi o que o time do Alto da Glória, conseguiu neste ano, sem entretanto e meramente, conquistar o Paranaense, que fosse. Nem vice. Chegaram em terceiro, perdendo ou empatando com times de menor expressão em casa...
Criou-se ao final deste campeonato, o Paranaense, uma espécie de dúvida sobre o regulamento, que era claro ao citar que o time melhor classificado ao final da primeira fase, teria o super-mando, tentando insinuar que o Furacão iria ganhar, como ganhou, por conta disto. Nessa lógica, estúpida, por ter ganho um Atletiba, o da Arena, o rival seria melhor...
Mesma "teoria" usada após o Atletiba do segundo turno do nacional, onde o Atlético perdeu de maneira um tanto prejudicado, segundo os critérios do árbitro Paulo César de Oliveira. O coxa era melhor...
Durante o CB09, o rival quase sempre esteve, pelo menos na cabeça dessa gente, a uma ou duas vitórias ora da Sul-Americana, ora, até, do G4, sem nunca ter saído dali de baixo...
Na semana que antecedeu o jogo contra o Fluminense, renascido do inferno pela mão da CBF em 2000, apesar do belíssimo final de campanha no CB09, o que se viu na TV, foi Ney Franco sorrindo, descendo de carrão ao chegar no Couto para um dia de treino, convidado prá estúdio no programa Globo Esporte edição local, com o "tosco" Jason fazendo suas "micagens", como se estivessem decidindo um título e não a possível queda...
Clima de festa, pré-jogo, para fugir do rebaixamento!!!!
Avisava aos amigos coxas, desde o começo da semana, para que concentrassem suas forças na torcida pelo Palmeiras, porque isso garantiria o alviverde local, chovesse ou fizesse sol.
Bajulação falaciosa o ano inteiro, com direito a ápice apoteótico na semana final à hecatombe.
A criação de uma expectativa, como fosse coisa praticamente certa a vitória, ao longo de todo o ano e especialmente na última semana, agora, criou uma falácia irresponsável.
Deu no que deu...

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