sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O exagero da CNBB

A questão religiosa, tem feito muita desgraça por este mundo e isso é histórico. Tudo, "in nomini Dei", e só me resta imaginar se fossem fatos ocorridos em nome do Diabo, aonde estaríamos agora.
Volta e meia, a igreja Católica Apostólica Romana, veio à público, no século passado e neste, pedir desculpas à Humanidade, pelos erros em nome Dele cometidos, o que revela progresso mental, para chegar a conclusão que já erraram feio, um sem número de vezes, apesar da infalibilidade papal, o Papa, seu maior representante, que supostamente, neste caso, seria superior a qualquer ser humano, num exemplo de falta da humildade mais elementar imaginável, inclusive, indo de encontro aos exemplos do Filho, último e único representante direto de Deus na Terra, pois ninguém chega à Ele, se não pelo Filho.
Essa mesma igreja vem agora e de maneira panfletaria, atacar o presidente em exercíco, acusando-o de assemelhar-se a Herodes, que a sua época mandou matar todas as crianças até 2 anos de idade, pois haveria nascido aquele que iria tomá-lo o poder.
Jesus, iluminai-os!!
Primeiro que o desnecessariamente polêmico PNDH3, não foi feito por Lula. Já deveria estar divulgado e entendido, creio que até em Rede Nacional, pelo próprio Presidente, que este é um documento extraído de várias reuniões havidas com representantes da sociedade em geral, onde o ingresso e a participação era livre, inclusive à igreja Católica.
Em segundo lugar, que o documento, como decreto , não é impositivo, mas para discussão no Congresso e no Senado, logo, não tem força de lei.
Em terceiro, Herodes, manda matar as crianças e o documento, não o Presidente, sugere a implantação do aborto, de forma legal, deixando às pessoas, o "livre-arbítrio",dado a todos, por Deus, para fazerem como acharem mais conveniente, para depois acertarem-se com Ele. No plano mundano, creio, visa acabar com as clínicas clandestinas, que vão continuar existindo, caso o decreto não seja aprovado neste quesito, goste a igreja, ou não, propiciando, aí sim, assassinatos de mulheres que optaram por tal prática, dada a precariedade de condições das clínicas clandestinas para essa finalidade, além dos abortos, propriamente ditos.


Resumindo, ficaria mais ou menos assim:
     1. O decreto, é da sociedade participativa, não do Presidente, que assinando, mesmo que tenha sido sem ler, só fez respeitar o que lá estava contido, mesmo que estrategicamente isso não esteja sendo interessante a seus interesses políticos mais imediatos, como temos observado.
    2. O decreto, diferentemente de Herodes, não manda matar ninguém. Cogita de que as pessoas possam exercer seu "livre-arbítrio", em condições de higiene e saúde-pública.
    3. Custa acreditar, olhando assim, que este panfleto tenha sido feito pela CNBB, dado o caráter mundano e aparentemente político de seu aspecto, dessacralizando a instituição pela qual, independente de qualquer outro fato, sempre me suscitou respeito e busca por justiça social.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posso não publicar, baseado nas regras de civilidade que prezo. Obrigado.