quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ano Novo, Vida Velha...

Por Eduardo Carvalho



[“2010 – Uma Odisséia no Espaço II”. Arthur Clarke sugeriu em sua continuada obra de ficção, a importância do desafio em busca de um resgate. Esta forma de revolução, ainda se faz necessária, mas não no espaço sideral e sim dentro de cada um de nós, pelo bem da realidade]


País de 3º mundo. País em desenvolvimento. País emergente. Na ciranda das nomenclaturas, a realidade persiste. Então perguntar por que, no cenário supranacional, ainda estamos civicamente distantes dos componentes do G7/8. Fatores econômicos? IDH? Pelas insistentes estatísticas dos altos índices de mortalidade infantil e/ou do analfabetismo? Ou seria a forte prevalência de edentados? Talvez pela ausência de know-how na lide com os bastões de Urânio, caro malabarista Ahmadinejad: no circo do mundo, é necessário existir mais atores, até outros palhaços, para que a arte de viver não se transforme em guerra.  Reticências para reflexões...

Na zona abissal da natureza humana, pode-se perceber que esta distância “cívica” se dá principalmente pelas “pequenas coisas”, as “tantas coisinhas miúdas” que se repetem inadvertidamente em nosso cotidiano tupiniquim - “roendo, comendo, arrasando aos poucos o nosso ideal” – na maioria dos setores da vida nacional, em meio à contemplação dos que limitam-se a virar para louvar o “macro-mundo”, algo assim feito estátua: naturalista ou cosmológico demais para o meu gosto.

Dentro de cada um de nós, queira-se ou não, é possível encontrar o cerne da estagnação, nosso maior obstáculo, de ordem pessoal, tal qual um gene em latência, aguardando agentes externos para ativação. Esta, pode ocorrer mais facilmente nos momentos de choque entre a individualidade e a coletividade, ou permanecer inerte pela vida inteira, quero dizer: equilíbrio, razoabilidade, consciência > movimento, palavra, gesto, atitude em tempo e espaço adequados. Por exemplo, quando vamos a uma festa, nosso traje combinará ou não com o meio. Mas a coisa não é meramente superficial assim. A princípio, temos que saber em quais “festas” devemos ir. O grau de conhecimento (cultura) é o fiel da balança, diretamente proporcional àquele equilíbrio.

Nesta interatividade indivíduo/sociedade, homem/ambiente, uno/polis, é que podem vir à tona as mazelas da estagnação evolucional, própria dos cambaleantes ou desequilibrados, também dos passivos. Tanto pode ser involutivo deixar o “eu” de lado como também supra exteriorizá-lo. Dependerá da situação, envolvendo os determinantes tempo, espaço e aquilo que chamarei de “algo assim”.   

Reimackler, na solidão do seu “eu”, implorou chorosamente pela sua sobrevida na chegada da Polícia. Anteriormente, assumira sua condição de “guerreiro do Império”, bolando estrategicamente ações típicas de eternos aprendizes - que nunca chegarão ao êxito dos expoentes mentores da violência como Hitler, Ceausescu, Videla, Little Bush – por ter encontrado identidade em parte daquele  “grêmio” esverdeado, em função de tudo aquilo que está no 1º parágrafo. A combinação perfeita: tempo + espaço + “algo assim”, que no caso dele significa tudo aquilo que lhe falta, ou seja, tudo aquilo de que ele é destituído. Veio a fama, revelou-se a fome.

Nu e sem a sua música, o marginalizado, que tivera o apoio logístico de seus famintos companheiros igualmente excluídos, juntos, todos tiveram enfim a oportunidade de participar de um evento da “vida social” - em virtude de uma manobra da diretoria alvi-verde com o apelo na forma de sucateamento do ingresso, diretoria que também é conseqüência do que está contido no 1º parágrafo – compondo então em quadrilha um recorte fiel da realidade brasileira, mostrando aos incrédulos que a maioria do povo ainda se encontra alijada de uma vida social digna, compatível com um mínimo de bem-estar, mais pela ausência de instrução, restando muito aquém de quaisquer “direitos humanos”, teorização com ares de eventualidade: uns têm, outros...

Ele, um “Rei” sem trono (mas com um vaso sanitário sem tampa), que nunca d’antes fora ouvido, teve a chance, via “rebaixamento – o retorno”, de mostrar ao mundo sua vontade interior, que ele é um sujeito capaz para a vida sim, mesmo situado à deriva do mundo, bem “aos pés” da sua latrina comunitária. Cumprindo todas as etapas dos crimes, galgadas suas tipificações, outros semelhantes regozijaram-se ao saber, através da mídia, que uma de suas bombas caseiras surtiu o efeito nocivo desejado quando, ao cair no colo de outrem dentro de um coletivo, detonou parte da mão daquela que foi, também por falta de informação adequada, remover o artefato na tentativa de salvar quem o “recebeu” do “céu”. Dedos a menos para ajudar a apontar o próprio caminho, agora então mais dependente de sua voz, a qual também nunca fora ouvida, figurada e ignorada como uma gota d’água no oceano, ou como um lamento gutural no banco do fundo em meio ao decibéis do coro odético de uma igreja “acalentadora”, daquelas que prometem o “céu”, não importando como fazem isso. Só fazem responder que “foi por Deus”, delegando ao divino seus deveres e obrigações.

Pensar, no caso, se a bomba atingisse o interior de um Land Rover, qual o tratamento jornalístico e qual o seguimento político desta “fatalidade” para muitos, tragédia para poucos, negligência para quase ninguém...

Então a vida segue, a fila anda e a prostituta vai mais “tranqüila”, pois já pode e despreocupada, comprar seu coquetel. Ainda mais agora que, mesmo que ela não saiba, sua “profissão” está em vias de regulamentação no Ministério do Trabalho, em função do irracional decreto do “Programa Nacional de Direitos Humanos”, aberração antiga recentemente editada, “algo assim” com mais desperdício de tempo para novo e bastante prejuízo à sociedade brasileira. Deixa no ar a dúvida, por que razão o Governo Federal, em véspera de campanha de sucessão presidencial, iria dar um tiro destes na mão onde ainda restam 5 dedos?!

(Coisas do Brasil. Difícil é cumprir a Constituição da nossa República Federativa, mais fácil é baixar decretos. E La Mídia transfere a culpa para o Presidente da República, sendo que as matérias são de competência exclusiva do Congresso Nacional. Pelo menos, hão de ser “discutidas” (teoricamente) nas duas casas: ato que Lula não tem poder de sanção nem veto. Mas quem compôs o Governo? “O que será que será...”)

Aquela bonitinha mas contaminada prostituta que, quando vai à Farmácia, o faz dignamente. Ao contrário dos atos soturnos do Senado da República, prática rotineira à décadas, vindo à público somente na hora que convém a “Alguém”. Tempos de coronelismo, de centralização do Poder, apadrinhamento político, lobbys e inversões de valores e princípios, como a “supremacia do interesse privado sobre o interesse público”. Quando Rousseau “chama o povo à responsabilidade pelo seu próprio destino”, pensamos na eficácia do voto como instrumento expoente das democracias. Mas como, se o sistema funciona justamente em prol da inabilidade dos votantes? Não há mais problemas em “votar”. A questão é “em quem votar”, ou seja, “quem são aqueles em que se pode votar”, ou ainda “quem se candidatou”: estariam eles qualificados mesmo ao pleito? Seriam os bastante competentes, na acepção jurídica desta palavra? Esta resposta já caiu do vento.

Algum tempo atrás, perguntei a uma colega de trabalho o quê tinha lhe motivado a votar no candidato do grupo político do Arquiteto especialista em urbanismo. Ela, de escolaridade superior, respondera que era “por causa da Rua das Flores, do Jardim Botânico, da Ópera de Arame...”, não sem “elitizar” a opção, auto-sugestionada, incluindo-se na casta mais alta da pirâmide social curitibana: uma espécie de aculturação do malufismo obreiro. Ela, que não conseguia enxergar que precisava daquele reles emprego para sobreviver, pois a realidade brasileira não lhe permitia a auto-suficiência profissional.  Ela que passaria fome se não trabalhasse ali também. Ela ali, vulnerável. Mas a Pedreira estava lá, incólume, sem prejuízo à memória de Paulo Leminski. Ele culto, ela...

Fechando o carrossel da usurpação política que culmina nas desigualdades sociais, para explicar Reimackler e sua facção “Império”, fico inicialmente com uma das teorias da Escola da Socialização Defeituosa, a “Teoria das Sub-culturas de Grupo”. Nesta, o indivíduo criminoso é repugnante por violar os valores sociais. O pluralismo axiológico de uma sociedade, per se indica que esta é composta por várias pautas de valores, cuja culpabilidade atribui-se àquele que, além das regras, viola a pauta oficial da sociedade, e não a sua própria. Os imperialistas não destruíram o seu patrimônio, aquilo que eles consideram de valor próprio, e sim aquilo de que não usufruem, que é o patrimônio da sociedade, da qual estão excluídos. Simples. Sobrevivendo na mata social (ou abaixo do pé da pirâmide), quando uma vez à margem, escaparam por uma brecha artificiosa e caíram na corrente do poluído rio coxa-branca, feito piratas tomando de assalto sua galera já à deriva: naufrágio generalizado. Só porque os dirigentes não de ontem violam as leis da boa sociabilidade (recorde veto gionédico em 2005), isto é, da natureza.

Complementarmente neste caso pode-se aplicar, pela Escola Estrutural-Funcionalista, o ensinamento de Thomas Merton, apontando que há na sociedade uma verdadeira discrepância entre meios e fins: a cultura (quando capitalista – friso meu) exige os fins, através dos padrões comportamentais fomentados pelos sonhos de consumo, ditando objetivos pré-determinados. Mas as instituições sociais não fornecem os meios, criando um vácuo conceitual entre eles (meios e fins), onde o crime torna-se um instrumento (“meio”) alternativo para esta busca inalcançável, caracterizando o que se conhece por “anomia”. Mais simples ainda. Assim o 6 de dezembro entrou para a história, deles: Reimackler, o famoso taleban dos Pinhais. Símbolo de quem não sabe perder o que não tem. Mas Cirino não precisará mandar seu exército de seguranças falsificados (formados 25 de março) capturá-lo, a Polícia já o fez.

E vieram as retrospectivas 2009. Tudo sempre igual, com novos atores sociais, ou seja: novas vítimas. Elas (as retrôs) acendem a memória dos reféns da violência, reforçando justamente aquilo que os detentores do Poder tem como objetivo, nada mais do que a imposição da sensação de medo na população, inoculada feito cloreto de potássio em cada coração brasileiro. Aquilo tudo que outrora não passava de mero assunto policial, foi transformado em questão de segurança pública - cartilha manjada e seguida desde o popular falecido Alborghetti até o “elitizado” cacotanásico (mata com dor e angústia a esperança do povo) Jornal Nacional – e elevado à categoria de referencial absoluto de sobrevivência: viva conforme a notícia. O submundo marginal tomando conta do mundo real: quem não se impressionar, está fadado a ser a próxima vítima. É um toque de recolher disfarçado de informação.

A mando do calendário gregoriano, encerrei 2009 com espumante à beira de uma praia catarinense. Distanciado dos meios de comunicação, limitando-me a aproveitar os bons momentos com a família e os amigos, em viagens. A mando sei lá do quê, entrei em 2010 com esperanças renovadas, em todos os sentidos. Qual o quê, entrou 2010 sem açúcar nem afeto. E não comi meu doce predileto.

Por isto, o título “ano novo, vida velha”: a resistente fórmula continua. Noticiários já vêm com opinião formada, é só seguir, e correr atrás dos corpos que sumiram na tragédia da hora, que dura incontáveis pautas. Vamos velar os mortos soterrados, mostrando suas fotos na TV, e o quanto eles tinham ainda de vida pela frente, entrevistando sarcasticamente seus parentes, indagando-lhes bestialmente “como ela era” ou “o que fazer agora sem ele”, ou ainda “vai deixar saudades?”: é a veneração da morte metendo medo na vida. Antigamente, os falecidos eram velados nas capelas; hoje perdeu-se o respeito aos cadáveres, porque não os deixam descansar, matando-os novamente a cada instante, a cada programa, em nome do impacto, vendendo terror para os semi-vivos comprarem e calarem-se.

Novelas e realitys expõe corpos semi-nus, angariando a audiência dos onanistas mentais digo, dos espectadores, aqueles que apenas esperam pela vida, mas sem expectativa alguma. Saciam-se através das imagens que conseguem guardar na memória, para depois discutir a “beleza” da vida nas rodas, não sem consumir aquilo que mandam os intervalos: quando não conseguem, Merton reaparece e explica novamente. O prazer mental pela imaginação, às vezes recorrendo à própria mão.

Esta sensação de “preenchimento” virtual, supletiva o propósito da existência humana, que é a integração com o próximo. Deste modo as pessoas, acuadas, não se sujeitam a novos relacionamentos, seja com colegas de trabalho ou estudo, vizinhos, alguém da balada ou do ônibus, nem mesmo resgatando os próprios parentes. O sistema visa o hermetismo, criando pessoas “prontas”, incapazes de novas palavras. Fechado seu círculo, o “resto” é resto. Por isto apresse-se, se não quiser ficar fora de moda, da moda que os meios de comunicação impõem.

Paralelamente, laboratórios de última geração criam retrovírus capazes de dizimar populações, em busca de mais espaço sobre a crosta terrestre, “algo assim” a ver com, novamente, uma espécie de “purificação da raça”. Aids, gripe suína e outras moléstias fomentam as indústrias bioquímicas, “triliardárias” às custas da saúde do povo. Resta saber qual será o ser microrgânico que nos aterrorizará em 2010: uma nova bactéria ultra-resistente? Um parasita altamente patogênico? Ou quem sabe um inocente protozoário geneticamente modificado a combalir células humanas? O que a “Ciência do Poder” será capaz de transformar? Mas não se preocupe que os ventríloquos do Jornal Hoje, com a peculiar e característica cara de espanto, avisarão a hora de você se recolher em casa.

Isto, 2010 em casa: “na tela da TV, no meio desse povo, a gente vai se ver na webcam”. Pay-per-view. Mas em casa. Abasteça-se de DVDs, CDs e CFODs. Playstation, Nintendos, laptops, roteadores. Divirta-se na base do MSN, Twitter e Orkut, reúna-se no Skype. Compre os discos do padre improvisado a cantor - que largou a missa para imitar Fábio Jr, para o deleite de suas fiéis, loucas para pecar: o que é proibido continua sendo mais gostoso. Microondas na cozinha, aposente o fogão. Encha a despensa de Coca Zero com bastante ciclamato de sódio. Milhopan, pipocas, sucrilhos, ovos e bacon, no mais puro e alienado american style. Deu fome: delivery. Passe o resto de sua vida assistindo sitcoms, tudo em nome deste “Manual Consensual de Washington” que determina o modelo obrigatório do “american way of life”. Se quiser saber o que acontece lá fora, é só ligar-se no Conexão Manhattan, totalmente insuspeito. No Brazyl, plugue-se no BBB10 pelo pacotão 24 horas e nem saia de casa para “votar” no paredão. Vote bem, vote consciente...na melancia coxuda da hora ou no bo(m)badão mudo da semana:

-“Então Bial...que segmento da patuléia televisiva nós perdemos em audiência”? – perguntou Boninho no fim do ano passado.
-“Bem...acho que perdemos um pouco do público GLS. E também no Estado do Paraná não estivemos muito bem no BBB9.” – respondeu o ex-correspondente internacional de guerra, de sandálias e sóbrio.
-“Então bota lá umas bibinhas e umas velcros, além de alguns paranitos também...chega de cowboys!” – receita pronta para aumentar o ibope, fatalmente. Essa edição vai bombar. Desta vez vale tudo: aranhas esfregando e roscas queimando, digladiando-se em plena “casa”, no mais primitivo e rudimentar apelo, a la Discovery Channel, tipo sexo selvagem entre animais provavelmente irracionais, natureza morrrendo na telinha...

Fique ligado, pois talvez apareçam closes de seios, bundas, pelos pubianos, grandes lábios ou bolsas escrotais, para alegria daquela turma onanista. Aprenda com eles (BBBs) em meio aos provérbios bialescos a “ser você mesmo”, “aprendendo a jogar” sem viver. E você se identificará mais ainda com o padrão global se adquirir um automóvel da marca patrocinadora deste “show”. Ou se usar as pilhas que bancam a prova do líder na sua vida. Caso contrário, você pegará o caminho da roça, porque o “Brazyl” não lhe quis. O Brazyl que não conhece o Brasil. O mesmo Brazyl que preferiu as roliças coxas acéfalas de Sheila Mello em detrimento da beleza integral da Bandeirinha Ana Paula Oliveira. Seria este Brazyl votante a torcida do Botafogo? Ou a torcida do Fluminense?  

Pois eu digo que é preciso mudar, urgente. Já é o 11º ano do novo século e tudo continua velho. Precisa-se vislumbrar novas perspectivas, horizontes, sonhos possíveis, amores também. Por quais merdas d’água a sociedade civil nacional não se reorganiza neste sentido? Até quando continuaremos historicamente passivos diante da força da mídia que trabalha pelo poder dos poucos? Pois que se foda a natureza conservadora das tradições do nosso povo! Um povo que precisa de instrução, educação e informação independente, livre de interesses particulares. Chega de bolsas, assistencialismo, inclusões sociais na base da porrada. Vão direto na ferida, como nas concessões de comunicação por exemplo, mas não ditatória e sim adequadamente: nunca em nome dos “direitos humanos”, mas principalmente por ser questão de ética! Criem outros instrumentos que possam instruir os telespectadores, que por sua vez terão conhecimento para definir o que é bom e, mais ainda, aquilo que não presta, aquilo que involui. Transformando de vez aquele “algo assim” no “algo a mais”: uma nova virtude, por exemplo.

Haveremos de superar, de alguma forma a falta de vontade política pela transformação da sociedade.  Simplesmente porque os políticos ainda são os mesmos! O que pode se esperar de Sarneys, Magalhães, Calheiros e Collors da vida? Foi-se a época em que havia no cenário nacional gente como Teotônio Vilela, Tancredo Neves, Ulisses Guimarães. De lá pra cá o predomínio é de radialistas, religiosos, latifundiários, lobistas, descendentes do coronelismo...

O fato é que a sociedade ainda não está devidamente instruída para votar, simplesmente porque não há fundamento em suas escolhas. Se os cargos são públicos, por que não expor o currículo pessoal dos candidatos? Histórico escolar, atividade profissional, cursos, idiomas, histórico partidário, cargos ocupados, legislaturas, carreira detalhada com autorias de projetos de lei, votações em aberto, programas de governo, plataforma de mandato, tudo o que pudesse servir para que o eleitor realmente tivesse e soubesse o real motivo da sua escolha, com argumentação, baseado numa espécie de cartilha que pudesse justificar seu voto. Longe das futilidades da motivação da colega doutora sem doutorado, mas sim com fundamentos. Porque a mudança, ela está no meio de nós. Justo naqueles detalhes, que eventualmente nos impeçam ao movimento, isto é, à VIDA NOVA!

Enquanto isto não ocorre, eu tomo mais um gole e ofereço a qualquer sentado que, pasmado, limite-se a me chamar de pessimista:

“...Não quero a razão
Pois eu sei
O quanto estou errado
E o quanto já fiz destruir
Só sinto no ar o momento
Em que o copo está cheio
E que já não dá mais
Prá engolir...”


P.S. coletânea >Improvisei: tomei cachaça no lugar de cerveja, deu nisso aí em cima. Lopes já faz anunciação de improvisos, com Alex Sandro na meia e Marcelo na lateral direita...no que será que vai dar???? Desafio, odisséia, revolução ou pura ficção? Vamos dar uma espiadinha? Nada disso: vamos cobrar! / Obrigado doc Laertes pela foto do “Centenário Verde”, já repassei. Talvez por isso depredem Ligeirinhos / Caetano & Gil: “O Haiti é aqui, o Haiti não é aqui”. Doutora Zilda lembrou Sérgio Vieira de Mello: o próprio homem destrói a paz de duas formas, ora por si mesmo, ora pela natureza, todas por conseqüências suas / Então Paulo...aqui, foi uma prova do efeito estimulante do álcool sobre o SNC nas primeiras horas: se beber, não escreva.

Abraço, Ed.  

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