No mais, nos últimos dias 18 e 19, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), com o apoio, entre outras entidades, da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) promoveu, em Porto Alegre, o Seminário Internacional sobre Direitos Humanos e Jornalismo com a abordagem sobre a violência contra os jornalistas.
Entre os palestrantes de outros países vale destacar a presença de Marcelo Duhalde, diretor de Imprensa e Comunicação do Arquivo Nacional da Memória da Secretaria de Direitos Humanos da República Argentina.
Duhalde explicou com muita clareza o episódio da fábrica de papel que a ditadura militar de lá retirou dos então proprietários da empresa, presos, torturados e mortos, para ceder ao Grupo Clarin, que passou a ter o controle do setor e ditar regras para quem ceder ou não, e em que bases, o produto.
E agora, quando o governo de Cristina Kirchner repara a injustiça retirando o controle do grupo na fábrica de papel, entidades patronais do setor crucificam a Presidenta argentina em nome de suposta defesa de valores democráticos.
Em suma, Clarin, da mesma forma que as Organizações Globo no Brasil engordaram nas estufas das respectivas ditaduras. E como se não bastasse, 130 trabalhadores da imprensa argentina foram assassinados no país durante a ditadura, sob a cumplicidade dos órgãos de imprensa do país vizinho, segundo Duhalde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Posso não publicar, baseado nas regras de civilidade que prezo. Obrigado.