sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O "Jesus de Lula".

Olha cara, tudo bem. Façamos de conta que ninguém sabe que o Presidente não prima por ser letrado. Logo disso deduzimos, com toda a obviedade, que muitas vezes por falta de um certo tato, de uma certa classe adquirida, digamos, nem sempre o mesmo consegue escolher as palavras certas, ou mais felizes, para transmitir suas idéias através das metáforas de que utiliza ficando a coisa muito próxima ao "butequês". Tudo certo até aqui??
Partindo desse princípio, que parece ser o que melhor se aproxima à uma análise mais ponderada, mais imparcial sobre determinadas polêmicas, completamente desimportantes, podemos interpretar o "Jesus de Lula", da maneira correta e não da maneira "fla-fluzista", que vem sendo utilizada, que salvo burrice, má vontade, pieguice cristã e/ou hipocrisia, revela, muito mais que esconde, interesses outros, tão piores do que a citada coalizão "Judas-Jesus", poderia suscitar, e que na verdade, a dita coalizão aventada por Lula, fala disso mesmo, os negócios excusos, feitos ordinariamente nas câmaras municipais, estaduais, federais e senatoriais, desse país.
Já vamos distantes dos "300 picaretas", lembram?, e muito mais ainda, do Brasil Colônia, e continuamos, agora de modo transparente, a apreciar o balcão de negociatas de que trata a política por aqui. E alhures, aliás.
Fora isso, existe uma, chamemos de categoria de pessoas neste País, que lamentavelmente, formadores de opinião e de maneira escancaradamente preconceituosa, não conseguem conformar-se com a questão de sermos governados por um torneiro mecânico sem muita instrução, nenhuma acadêmica, e que prá deixá-los mais "fulos" ainda, "surfa" sobre essa cafajestada, que miseravelmente faz maioria e coordena as ações políticas desse País, dentro de uma blindagem criada ao longo de séculos.
E "surfa" com presteza, pois conhece todos os escaninhos do poder e aí que mora o grande diferencial de Luis Inácio.
Apesar de tudo, apesar da "arte do possível" do sociólogo FHC, apesar das "forças ocultas", sem ficar omisso, sem dar tiro na própria cabeça, sem renunciar, sem travestir-se de Super-Homem, tem dado um "baile" de transitabilidade por entre essa "laia" toda, e tem feito SIM, um excelente Governo, apesar disso, se tomarmos como parâmetro, o que já presenciamos, históricamente. Sem dúvida.
Claro, que ainda muito abaixo de uma normalidade mais includente, mas digno de admiração, aliás, conquistada apenas e , é uma pena, fora do País, e dentro, pela "plebe rude" e por quem tem conseguido enxergar além de seus pruridos.
O Brasil precisa mudar SIM, mas dentro do que dispomos hoje, ESTRUTURALMENTE FALANDO, em termos de cultura política, especialmente, ele tem sido "o cara", do Obama, SIM.
Ranja os dentes quem quiser, mas ponderando, não é nada mais que isso.
Temos, TODOS NÓS, que consertarmos "isso aqui", e vemos que o sonho do voto direto, por "n"+ uma circunstâncias, não é só o que basta.
Teríamos que ter uma Imprensa séria, que ao invés de ficar dando tratamento de Revista Amiga à política, e com a penetração que deveria ter, atuar como agente de esclarecimento à Nação, propondo soluções meio que ao largo deste noticiário político diário, que, comprovadamente, não tem levado à nada.
Essa partidarização, ante a inação da oposição em termos de projeto de País, não tem dado contribuição nenhuma ao debate cidadão. Pelo contrário, só faz "mesmerizar" a situação.
Já que não passou a "lei da ficha-limpa", por exemplo, publicar diariamente, às eleições, ou já mesmo, páginas, citando os políticos que não as tem. Seria "gastar vela com melhor defunto", ou com os defuntos certos.
Sabatinas, envolvendo vários jornais e redes de televisão, com perguntas criteriosas e inteligentes a candidatos, ao invés desses debates novelescos de uma nota só. Porque o enredo e o script, são por demais conhecidos.
Chamar a classe Empresarial, a que veio. Tirar a máscara do gerador de emprego, como se estivesse fazendo favor, pois isso na verdade é troca, é simbiose. Ou assim deveria ser.
Coalizão, ampla, geral e irrestrita, parodiando o mote da Anistia.
Fora disso, não tem dado prá levar nada a sério aqui no Brasil, a não ser os resultados da era Lula, positivos "como nunca antes, na história deste País".

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