quinta-feira, 31 de março de 2011

Será que Obama tem mesmo um botão para desligar a Internet?

Por IDG News Service/EUA Publicada em 29 de março de 2011 às 09h00Vários
projetos sobre cibersegurança estão na agenda política dos EUA em 2011, mas
alguns têm preocupado mais os defensores de liberdades civis.

Diversos projetos de lei sobre cibersegurança estão na agenda do Congresso
norte-americano este ano, incluindo uma que permitiria ao presidente dos EUA
desligar partes da Internet.

O conceito é controverso, mas não é tão extremo quanto parece. A Lei de
Proteção da Internet como um Ativo Nacional daria ao presidente o poder de
tomar medidas extremas, incluindo possivelmente a quarentena ou o
desligamento de partes da Internet, mas apenas quando houver um ciberataque
"em andamento ou iminente" à infraestrutura crítica do país.

Líderes do comitê de segurança interna e assuntos governamentais do Senado
planejam reapresentar o projeto, que teve seu trâmite bloqueado no ano
passado.


Críticos têm se oposto aos trechos sobre os poderes emergenciais, dizendo
que eles dão ao presidente um botão para matar a Internet. Mas há também
planos de estabelecer um novo centro nacional de cibersegurança e o reforço
de regulamentações de cibersegurança para agências federais.

*Termo impróprio*
O termo "botão de desligamento" (Kill Switch, em inglês) é um tanto
impróprio. O presidente não seria capaz de desligar todo o tráfego da
Internet, como fez o Egito, mas diversos grupos técnicos e de liberdade
civil acham que a linguagem usada no projeto é muito ambígua.

E há outras leis de cibersegurança como as que foram apresentadas no ano
passado, incluindo a Lei de Aprimoramento de Educação em Cibersegurança, que
estabeleceria novos programas de treinamento em cibersegurança sob o
Departamento de Segurança Interna do governo federal.

Outro projeto é a Lei de Proteção de Infraestrutura Física e Cibernética da
Segurança Interna, que replica a proposta do Senado ao estabelecer uma nova
agência de cibersegurança sob o Departamento de Segurança Interna dos EUA. O
foco deste novo órgão seria a segurança das redes do governo federal.

*Vazamentos de dados*
E muito provavelmente este ano será apresentada um ou mais projetos de lei
que exigiriam das empresas com vazamentos de dados a notificação dos
clientes afetados - algo que a Symantec e outros grupos têm defendidos há
tempos. Vários parlamentares apresentaram projetos de notificação de
vazamento de dados em legislaturas anteriores, mas as leis não passaram e
muitos estados já têm leis locais similares.

Matt Sergeant, tecnologista antispam da Symantec.cloud, um braço de
segurança da informação da Symantec, diz que a pressão para aprovar uma lei
de vazamento de dados "continuará a crescer à medida que o governo perceba
como esses vazamentos são fáceis e como podem ocorrer em qualquer lugar.
Infelizmente, essas leis podem fazer muito pouco em relação a isso, mas elas
continuarão a ocupar o noticiário ao longo do ano."

 (Grant Gross)

segunda-feira, 21 de março de 2011

A COMUNICAÇÃO EM EBULIÇÃO NO RIO DE JANEIRO

 PLENÁRIA E LANÇAMENTO DA FRENTE PARLAMENTAR PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA
COMUNICAÇÃO E DA CULTURA
PLENÁRIA
Todos os interessados na democratização das comunicações são
convidados. Participe !
Segunda, 21 de março, às 18:30, no SindJor Rio
Rua Evaristo da Veiga, n. 16, 17o. Andar, Centro do Rio de Janeiro
Pauta
1.Atualização dos Informes (nacionais e estaduais) + encaminhamentos.
2.Aprovação formal do texto final do documento-base.
3.Atuação parlamentar: Câmara Federal e ALERJ + encaminhamentos.
4.Outros GT's: Capacitação/Comunicação/Regionais (encaminhamentos)
5.Agendamento da próxima plenária unificada.
LANÇAMENTO DA FRENTE PARLAMENTAR PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO E
DA CULTURA
DIA 22 DE MARÇO DE 2011 – 10:30h
FRENTE PARLAMENTAR PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO E DA CULTURA
Local: Sala de cinema do CCBB – Av. Primeiro de Março, número 66 – Candelária
Mesa:
Vereador Reimont – Presidente da Frente Parlamentar pela
Democratização da Comunicação e da Cultura
Roseli Goffman – Conselheira do CFP (Conselho Federal de Psicologia) e
FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação)
Muniz Sodré de Araújo Cabral - jornalista, sociólogo, professor da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Escola de Comunicação.
Berenice Mendes (mediação) – FNDC (Fórum Nacional pela Democratização
da Comunicação), ANEATE (Associação Nacional das Entidades de Artistas
e Técnicos em Espetáculos de Diversões), EBC.
Frederico Cardoso – Coordenador Executivo do Cine Mais Cultura e
Partido da Cultura
Foi criada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro a Frente Parlamentar
pela Democratização da Comunicação e da Cultura (Resolução de Mesa
número 7632/2011). O Rio de Janeiro, como uma cidade que respira e
transpira cultura, criando a Frente Parlamentar pela
Democratização da Comunicação e da Cultura garantirá a ampliação do
acesso aos direitos coletivos. É o pontapé inicial para que
construamos, a partir da sociedade civil e em conjunto com o poder
público, as políticas públicas para a comunicação e a cultura
essenciais para as nossas vidas.
- O que é uma Frente Parlamentar?
- Como funciona?
- Quem a compõe?
- Quem pode participar?
- Como participar da Frente?

sábado, 19 de março de 2011

BBB: Literatura de cordel


*Autor**: Antonio Barreto, *
*Cordelista** **natural de Santa Bárbara-BA,residente em Salvador.*

*Curtir o Pedro Bial*
*E sentir tanta alegria*
*É sinal de que você*
*O mau-gosto aprecia*
*Dá valor ao que é banal*
*É preguiçoso mental*
*E adora baixaria.*                                                            

*Há muito tempo não vejo*
*Um programa tão ?fuleiro?*
*Produzido pela Globo*
*Visando Ibope e dinheiro*
*Que além de alienar*
*Vai por certo atrofiar*
*A mente do brasileiro.*

*Me refiro ao brasileiro*
*Que está em formação*
*E precisa evoluir*
*Através da Educação*
*Mas se torna um refém*
*Iletrado, ?zé-ninguém?*
*Um escravo da ilusão.*

*Em frente à televisão*
*Lá está toda a família*
*Longe da realidade*
*Onde a bobagem fervilha*
*Não sabendo essa gente*
*Desprovida e inocente*
*Desta enorme ?armadilha?.*

*Cuidado, Pedro Bial*
*Chega de esculhambação*
*Respeite o trabalhador*
*Dessa sofrida Nação*
*Deixe de chamar de heróis*
*Essas girls e esses boys*
*Que têm cara de bundão.*

*O seu pai e a sua mãe,*
*Querido Pedro Bial,*
*São verdadeiros heróis*
*E merecem nosso aval*
*Pois tiveram que lutar*
*Pra manter e te educar*
*Com esforço especial.*

*Muitos já se sentem mal*
*Com seu discurso vazio.*
*Pessoas inteligentes*
*Se enchem de calafrio*
*Porque quando você fala*
*A sua palavra é bala*
*A ferir o nosso brio.*

*Um país como Brasil*
*Carente de educação*
*Precisa de gente grande*
*Para dar boa lição*
*Mas você na rede Globo*
*Faz esse papel de bobo*
*Enganando a Nação.*

*Respeite, Pedro Bienal*
*Nosso povo brasileiro*
*Que acorda de madrugada*
*E trabalha o dia inteiro*
*Dar muito duro, anda rouco*
*Paga impostos, ganha pouco:*
*Povo HERÓI, povo guerreiro.*

*Enquanto a sociedade*
*Neste momento atual*
*Se preocupa com a crise*
*Econômica e social*
*Você precisa entender*
*Que queremos aprender*
*Algo sério ? não banal.*

*Esse programa da Globo*
*Vem nos mostrar sem engano*
*Que tudo que ali ocorre*
*Parece um zoológico humano*
*Onde impera a esperteza*
*A malandragem, a baixeza:*
*Um cenário sub-humano.*                                                                  
Progressão de audiência BBB

*Um cenário sub-humano.*
 *A moral e a inteligência*
*Não são mais valorizadas.*
*Os ?heróis? protagonizam*
*Um mundo de palhaçadas*
*Sem critério e sem ética*
*Em que vaidade e estética*
*São muito mais que louvadas.*

*Não se vê força poética*
*Nem projeto educativo.*
*Um mar de vulgaridade*
*Já tornou-se imperativo.*
*O que se vê realmente*
*É um programa deprimente*
*Sem nenhum objetivo.*

*Talvez haja objetivo*
*?professor?, Pedro Bial*
*O que vocês tão querendo*
*É injetar o banal*
*Deseducando o Brasil*
*Nesse Big Brother vil*
*De lavagem cerebral.*

*Isso é um desserviço*
*Mal exemplo à juventude*
*Que precisa de esperança*
*Educação e atitude*
*Porém a mediocridade*
*Unida à banalidade*
*Faz com que ninguém estude.*

*É grande o constrangimento*
*De pessoas confinadas*
*Num espaço luxuoso*
*Curtindo todas baladas:*
*Corpos ?belos? na piscina*
*A gastar adrenalina:*
*Nesse mar de palhaçadas.*

*Se a intenção da Globo*
*É de nos ?emburrecer?*
*Deixando o povo demente*
*Refém do seu poder:*
*Pois saiba que a exceção*
*(Amantes da educação)*
*Vai contestar a valer.*

*A você, Pedro Bial*
*Um mercador da ilusão*
*Junto a poderosa Globo*
*Que conduz nossa Nação*
*Eu lhe peço esse favor:*
*Reflita no seu labor*
*E escute seu coração.*

*E vocês caros irmãos*
*Que estão nessa cegueira*
*Não façam mais ligações*
*Apoiando essa besteira.*
*Não deem sua grana à Globo*
*Isso é papel de bobo:*
*Fujam dessa baboseira.*

*E quando chegar ao fim*
*Desse Big Brother vil*
*Que em nada contribui*
*Para o povo varonil*
*Ninguém vai sentir saudade:*
*Quem lucra é a sociedade*
*Do nosso querido Brasil.*

*E saiba, caro leitor*
*Que nós somos os culpados*
*Porque sai do nosso bolso*
*Esses milhões desejados*
*Que são ligações diárias*
*Bastante desnecessárias*
*Pra esses desocupados.*

*A loja do BBB*
*Vendendo só porcaria*
*Enganando muita gente*
*Que logo se contagia*
*Com tanta futilidade*
*Um mar de vulgaridade*
*Que nunca terá valia.*

*Chega de vulgaridade*
*E apelo sexual.*
*Não somos só futebol,*
*baixaria e carnaval.*
*Queremos Educação*
*E também evolução*
*No mundo espiritual.*

*Cadê a cidadania*
*Dos nossos educadores*
*Dos alunos, dos políticos*
*Poetas, trabalhadores?*
*Seremos sempre enganados*
*e vamos ficar calados*
*diante de enganadores?*

*Barreto termina assim*
*Alertando ao Bial:*
*Reveja logo esse equívoco*
*Reaja à força do mal?*
*Eleve o seu coração*
*Tomando uma decisão*
*Ou então: siga, animal?*

*Salvador,  janeiro de 2010.*

terça-feira, 15 de março de 2011

Maracutaia no ar: Globo perdeu mesmo o brasileirão para Rede TV? - Portal Vermelho

Maracutaia no ar: Globo perdeu mesmo o brasileirão para Rede TV? - Portal Vermelho

A Rede TV! pode sublicenciar a transmissão a outra TV concorrente, pagando ao Clube dos 13 mais R$ 103 milhões. A emissora diz que não pretende licenciar a nenhuma concorrente. Mas o fato de ter sido a única a participar da licitação traz suspeita inerente de um acordo de bastidores, seja com a Record, seja com a própria Globo.

 A Rede TV! venceu a licitação pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de 2012, 2013 e 2014 por R$ 516 milhões (cada ano), na sexta-feira. No último triênio, a Globo pagou apenas R$ 220 milhões ao ano.

A Globo havia desistido de disputar a licitação do próximo triênio, depois que o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) obrigou a acabar com contratos privilegiando a emissora.

O Clube dos 13 (entidade que até hoje representou os interesses junto às TVs dos maiores clubes brasileiros) passa por um estranho racha, coincidindo com a decisão da Globo de abandonar a licitação e passar a procurar os clubes para negociar individualmente.

A negociação individual é complicada porque um jogo envolve dois clubes. A TV teria que deter os direitos dos dois clubes para poder transmitir os jogos. Repita essa situação para todos os jogos, com todos os clubes, e percebe-se que essa negociação individual tem tudo para não dar certo, e está sendo explorada para gerar confusão e melar a licitação da forma que foi concebida para haver livre concorrência, sem privilégios.

Além disso, os problemas com o CADE voltariam, devido à negociações dirigidas, prejudicando a livre concorrência.

A TV Record desistiu na última hora, alegando incerteza jurídica, por não saber se a licitação valeria para todos os clubes, já que oito clubes endossaram a licitação (São Paulo, Atlético Mineiro, Inter, Atlético Paranaense, Bahia, Portuguesa, Guarani e Sport), dois ficaram em cima do muro (Vitória e Goiás), e 10 clubes manifestaram-se contra (Corinthians, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Coritiba, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras e Santos).

Porém, diante da mesma incerteza, a Rede TV! foi a única participante e venceu, condicionando o pagamento à adesão de todos os clubes, como sempre foi. A Record poderia fazer o mesmo. Como não fez, há um forte cheiro de acordão de bastidores.

Forças "ocultas"
Alguns clubes dissidentes argumentaram que a partilha do bolo era aquém do tamanho do clube. Outros sucumbiram a estranhíssimos interesses, alegando preferir a TV Globo PAGANDO MENOS, porque daria mais visibilidade aos clubes.

Essa visibilidade é questionável, porque a Rede TV! e a Record prometeram transmitir em horário nobre, mais cedo, diferente da Globo, que espera a novela acabar, e prejudica a audiência do trabalhador que tem que acordar cedo.

A Rede TV! foi além e se disse disposta a transmitir jogos em qualquer dia da semana, de segunda a domingo, se os clubes quiserem.

Por trás dessa "visibilidade" dizem estar os patrocinadores das camisas dos clubes (para não considerar a hipótese bastante plausível de casos de corrupção de cartolas).

Mas os patrocinadores patrocinam os clubes ou são meros anunciantes na TV Globo, via camisa? Que estranha triangulação é essa, onde uma empresa, para anunciar na Globo através da camisa dos clubes, exige dos clubes contratos onde a TV paga menos aos clubes?

Na prática, é como se, em vez da Globo pagar os direitos de transmissão integrais, os clubes é que pagam de volta à Globo o valor do anúncio veiculado nas camisas. Então o patrocínio na camisa, em vez de ser para remunerar o clube, acaba remunerando a Globo.

Cheiro de maracutaia de acordão de gaveta
A Rede TV! pode sublicenciar a transmissão a outra TV concorrente, pagando ao Clube dos 13 mais R$ 103 milhões.

A emissora diz que não pretende licenciar a nenhuma concorrente. Mas o fato de ter sido a única a participar da licitação, traz suspeita inerente de um acordo de bastidores, seja com a Record, seja com a própria Globo.

A Rede TV ofereceu R$ 516 milhões e, caso negocie com a Globo ou Record, pagará apenas mais R$ 103 milhões aos clubes. O custo total sairá por R$ 619 milhões ao ano. Havia expectativa de que, caso a Record ou a Globo entrassem na disputa, os clubes recebessem cerca de R$ 750 milhões ao ano ou mais.

Nesse contexto, um acordo da Rede TV, seja com a Record, seja com a Globo, significa cerca de R$ 131 milhões por ano a menos no bolso dos clubes, e a mais no bolso das TVs vitoriosas.

Pobre rico futebol brasileiro
O diretor de relações institucionais da Rede TV!, João Alberto Romboli, revelou que a emissora levou dois envelopes para a reunião no Clube dos 13, um com proposta mais alta e outro com proposta mais baixa. Com a desistência de todos os outros concorrentes, apresentou a proposta mais baixa, muito próxima do lance mínimo.

Questionado se a segunda proposta seria acima de R$ 700 milhões por ano, Romboli confirmou: "O segundo envelope, era (superior a 700). Mas era menor que 800 (milhões)".

Teste de hipóteses
Os desdobramentos dessa história não provará, mas dará indícios se houve ou não maracutaia. Aguardemos os próximos capítulos, mas dá para testar as hipóteses:

1) Se a Rede TV! conseguir levar essa vitória e mantiver sua exclusividade na transmissão, parabéns para ela. Significa que não houve maracutaia, apesar dos clubes deixarem de ganhar cerca de R$ 750 milhões nos próximos três anos. Mas, pelo menos, ganham na mudança de horário para mais cedo, e mais transmissão de jogos também durante a semana. O futebol na Rede TV! fica prioritário sobre qualquer outra programação. Na Globo, a novela é prioritária.

2) Se a Rede TV! sublicenciar para a Globo, continua tudo como dantes. O forte cheiro de maracutaia exalará pelos campos do Brasil e pela tela da TV, onde a Globo seria beneficiária de um suposto acordão de bastidores, onde os clubes dissidentes se disporiam a aderir à vitória da Rede TV! mediante cessão para a Globo também transmitir os jogos. Os clubes reduziriam o que deixaram de ganhar para R$ 450 milhões no triênio (receberiam mais R$ 300 milhões). Continuariam perdendo prestígio para as novelas, e tendo que agendar os jogos segundo os interesses da Globo, e a Rede TV! seria linha auxiliar da Globo, como é a Band no último triênio. A Record teria feito papel de boba, ao desistir.

3) Se a Rede TV! sublicenciar para o Record, o cheiro de maracutaia continua, mas a perdedora seria a Globo. Os clubes continuariam reduzindo as perdas para R$ 450 milhões no triênio, mas ganhariam prestígio, com os jogos dominando o horário nobre, sobrepondo as novelas.

4) Ainda há a hipótese, mesmo remota, da Globo conseguir dobrar os cartolas de 20 clubes em negociação individual com cada um deles. Porém, o mais provável é que o custo sairia muito mais caro do que negociar em bloco um sublicenciamento com a Rede TV!, a não ser que a corrupção corresse solta. Se essa hipótese vingar, tudo indica que a própria Globo estaria substituindo o papel do Clube dos 13, e ficaria "dona" do futebol brasileiro, sem intermediários.

É por essa e por outras, que o Brasil, mesmo já tendo uma economia maior do que a Espanha, Holanda, e será maior do que a Itália em 2011, não consegue reter seus craques aqui.

Fonte: Blog Amigos do Presidente Lula

domingo, 6 de março de 2011

A terapia comunitária no cuidado dos que não são cuidados


por Rolando Lazarte
extraído do blog  Consciência net
O que dizer sobre o cuidar de quem não é cuidado?

O que poderia dizer que não tenha sido dito sobre? As políticas sociais do governo, a caridade, a assistência, o voluntariado, o amor, a paz, a justiça, a fraternidade.

Apenas lembraria. Lembrava de Martin Luther King, I had a dream. Eu tive um sonho. Quando era estudante na secundária, me emocionava com a marcha dos negros sobre Washington em busca de igualdade e paz.

Martin Luther King, tanto tempo atrás. São Francisco, fazei de mim um instrumento da vossa Paz. Jesus, os Beatles, o pequeno Príncipe.

Só conheço no outro o que conheço em mim. A melhor forma de cuidar do outro é cuidar de mim mesmo. Ao invés de tentar mudar o outro, esse outro que me incomoda, vejo que o que nele me molesta é o que de mim nele vejo.

Então trato de melhorar a mim mesmo para não agredir aos demais, para não deixar que alguém me incomode, trato de viver de um modo tal que nada posa me machucar.

Ontem a professora que falou do Autocuidado nos lembrava disto. Cuide de si para cuidar do outro. Parece uma brincadeira. Como é que poderia cuidar do outro cuidando de mim.

Vale o contrário. Como poderia cuidar de alguém se não cuido de mim? Como levaria paz se estou em guerra, se não me quero, se não me aceito como sou? Não é que devamos ser perfeitos, não é isso, não.

É que a única maneira de tratarmos de melhorar a vida de alguém, é começando com esse alguém que está mais perto, nós mesmos, cada um e cada uma de nós.

Uma vez perguntaram a um sábio onde deveria buscar Deus. Em você mesmo, respondeu. Deus está em ti, esta em mim, está em toda parte, em todo ser humano, nas flores, no céu, nos pássaros, em todas as coisas.

No último congresso de Terapia Comunitária em Beberibe, no Ceará, um palestrante escrevera na louça a palavra Deus, mostrando o eu no meio.

Na terapia comunitária tratamos de cuidar de nós mesmos no cuidar dos outros, dos que não se cuidam. Nós somos esse que nem sempre se cuida.

Esse que trabalha demais, esse que fala demais, esse que come demais, esse que viaja demais ou que não viaja, ou que não come, ou que não dorme, ou que não diz ou não faz ou faz mais do que deve.

Então vem as dores, as doenças, a necessidade de cuidado. A depressão, a tristeza, a perda de rumo, o cigarro, a bebida, a solidão.

Na terapia comunitária aprendemos que ninguém da conselho, nem se julga, nem se faz discurso. Se ouve com atenção, se escuta.

Se trocam experiências, se da apoio e se recebe apoio. É uma troca, um mutirão pela saúde. Uma teia solidária em que todos sabem e todos podem. Todos temos algo a ensinar a algo a aprender.

Na terapia comunitária se aprende que a pessoa se tornou forte onde ela foi ferida. Algo aprendemos com a dor que sofremos. Ela nos fez crescer. É a pérola nascida da ferida.

Também aprendemos que ninguém salva ninguém, não há salvadores da pátria, alguém que possa dizer ao outro o que deva fazer para ser feliz, para resolver seus problemas, para sair da sua dificuldade.

Eu tive um sonho, como tantos e tantas tem, um mundo de paz, de amor, de justiça, de fraternidade. Esse sonho se vive nas rodas da terapia. Não estou vendendo um peixe, estou dizendo como na Terapia Comunitária se cuida de quem não é cuidado.

O desempregado, o que usa drogas, o deprimido, o que não sabe o que fazer da sua vida, o que não sabe o que fazer com o diploma universitário depois de formado, encontram seu lugar.

Todos nos descobrimos parecidos com o outro. Eu gosto de dizer que na Terapia Comunitária nos vemos no outro, aliás, isto era dito por um poeta nas Ocas do Índio, em Morro Branco, Beberibe, nesse mesmo congresso de Terapia Comunitária. Há muitas formas de cuidar de quem não é cuidado.

Esta é uma.

OPINIÃO - Kadafi é um benfeitor da humanidade


04.03.2011  Pravda-Ru


Como pode ser chamado de ditador um líder que derrubou uma monarquia corrupta, modernizou o país, conquistou o melhor IDH da África,aplicou a democracia direta no sistema de governo?


Por José Gil


Kadafi sempre apoiou os movimentos revolucionários em todo o mundo.Quando a mídia - a serviço dos EUA - elogiava o regimede apartheidna África do Sul, Kadafi treinava jovens na Líbia e os mandava de volta com os melhores armamentos, para conquistar a liberdade na África do Sul.


De repente a imprensa passou a atacar diariamente o líder Muamar Kadafi, a destilar ódio, difundir mentiras, falsificar vídeos para ?provar? os crimes do governo líbio. Aparentemente essa linha jornalística foi causada pelos levantes populares na Argélia, Tunísia, Iêmen e Egito. Na verdade, trata-se de mais uma estratégia terrorista do governo dos Estados Unidos da América para recuperar influência no mundo árabe. No Egito caiu o governo de confiança dos EUA. Mubarak não passava de um agente dos interesses norte-americanos e israelenses na região. Com a queda de Mubarak navios iranianos passaram a circular nas proximidades de Israel, causando mal estar e revolta nos meios diplomáticos subservientes ao imperialismo e ao sionismo.


Após perder o Egito, o governo dos Estados Unidos tenta dividir e enfraquecer a Líbia, e neste sentido recebe o apoio dos partidários de Bin Laden, milhares de refugiados egípcios que ao longo dos anos se refugiaram no leste da Líbia, fugindo da repressão no Egito. Após os egípcios vieram os argelinos, tunisianos e somalis, seguidores da Al Qaeda. Desfrutaram da hospitalidade dos líbios e em seguida os apunhalaram pelas costas, deflagrando uma revolta que fez dezenas de vítimas, através de sabotagens, terrorismo e destruição de bens públicos.


Mas quem é esse Kadafi que a mídia, de repente, passou a atacar de todas as formas, e até de forma covarde? Kadafi liderou uma revolução para derrubar o rei Ídris, um fantoche dos interesses italianos e norte-americanos na região. Na época, a maior base militar dos Estados Unidos no exterior estava na Líbia, e Kadafi e seus partidários cercaram a base e deram prazo de 24 horas para todos os estrangeiros invasores deixarem o país.


No poder, Kadafi não fez como os monarcas árabes, não construiu palácios com peças em ouro, não comprou iates luxuosos nem coleções de carros importados. Dedicou-se a reconstruir o país, garantindo melhores condições de vida para o povo. Hoje Kadafi não é presidente nem primeiro ministro da Líbia, mas a mídia quer que ele renuncie ao cargo que não existe.


As mentiras da mídia não conseguem esconder que Kadafi apoiou as lutas dos povos por libertação na Nicarágua, Cuba, Angola, Moçambique, África do Sul e muitos outros países, auxiliando concretamente os povos que lutavam por libertação. Na prática, Kadafi sempre foi um benfeitor da humanidade, mas para a mídia mercenária, benfeitor é aquele que cria guerras em busca de lucros para a indústria bélica ou para dominar o mundo, como foram as guerras criadas pelos Estados Unidos na Coreia, Vietnã, Iraque, Palestina, Afeganistão, El Salvador, Nicarágua e muitos outros países.


Essas fofocas ridículas de riquezas e costumes estranhos sempre foram exploradas pela mídia; foi assim com Sadam Hussein, Yasser Arafat, Fidel Castro, Ahmadinejad, Hugo Chávez e etc. Basta ser um governante sério que não se ajoelha e não se acovarda perante os Estados Unidos para ser avacalhado pela mídia mercenária.


Outro fato que a mídia não consegue falsificar é o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) aferido por técnicos das Nações Unidas. Esses dados apontam, por exemplo, que a Líbia tinha, em 1970, uma situação pouco pior que a do Brasil (IDH de 0,541, contra 0,551 do brasileiro). O índice líbio superou o brasileiro anos depois e, em 2008, estava bem à frente: 0,810 (43º no ranking), contra 0,764 (59º no ranking). Todos os três sub-índices que compõem o IDH são maiores no país africano: renda, longevidade e educação.


No IDH reformulado a diferença se mantém. A Líbia é a 53ª no ranking (0,755) e o Brasil, 73º (0,699). A Líbia é o país com melhor IDH da África. Portanto, tem a melhor distribuição de renda, tem saúde e educação pública gratuitas. E quase 10% dos estudantes líbios recebem bolsas para estudar em países estrangeiros.


Que ditadura é esta? Uma ditadura jamais permitiria esse tipo de política em benefício do povo.


Kadafi escreveu o Livro Verde, a Terceira Teoria Universal, que trata de temas polêmicos e reais. Ele denuncia, por exemplo, a falsificação da democracia pelas assembleias parlamentares. Na maioria dos países ditos democráticos, incluindo os Estados Unidos da América, os partidos políticos são verdadeiras quadrilhas organizadas para saquear o dinheiro do povo nas Assembléias Legislativas, Prefeituras, Câmaras de Vereadores, Câmara de Deputados etc. Essa constatação - e publicação em livro - com certeza irrita e revolta os ?defensores da democracia parlamentar?. O Livro Verde, escrito por Kadafi, afirma que os trabalhadores devem ser associados e não assalariados, e que a terra deve ser de quem nela trabalha, e a casa de quem mora nela. E o poder deve ser exercido pelo povo diretamente, sem intermediários, sem políticos, através de Comitês e Congressos Populares, onde toda a população decide as questões fundamentais do bairro, da
cidade e do país. Essas palavras, que todos sabem verdadeiras, irrita e revolta aqueles poucos que se beneficiam com a falsificação da democracia, principalmente os regimes capitalistas.


Mas a imprensa continuará insistindo em falsificar notícias, destilando ódio, difundindo mentiras, porque está cumprindo ordens do governo norte-americano, o grande interessado nas grandes reservas de petróleo da Líbia.


Os grandes jornais e canais de televisão do Brasil utilizam agências de notícias norte-americanas, todas tendenciosas, mentirosas, enganadoras. As mentiras que as agências de notícias vendem são compradas pela opinião pública brasileira, e a maioria das pessoas ? por ingenuidade ou desinformação ? se comporta como marionetes, repetindo aquilo que o governo dos Estados Unidos impõe e determina.


Esta não é a primeira vez, e nem será a última, que o povo árabe líbio enfrenta potências estrangeiras poderosas. Mais uma vez o povo líbio vencerá, porque tem na liderança de Muamar Kadafi um guia eficaz, forte e honrado.

sábado, 5 de março de 2011

Luis Buñuel e os jogos do imaginário: surrealismo, sexo e religião

por Gaspar Garção


Luis Buñuel y Portolés, nascido na vila de Calanda, Espanha, a 22 de Fevereiro de 1900, o “actor” principal deste breve resumo biográfico e artístico, é hoje unanimemente considerado como um dos expoentes máximos da arte cinematográfica mundial, um dos grandes Mestres (a par de Bergman, Visconti, Fellini, Antonioni e Kurosawa), não só pela nova gramática que trouxe ao inconsciente colectivo dos seus espectadores, feita de Desejo, Sexo, Paixão, Pulsão e Perversão, mas também pela coragem e bravata das suas experiências, das suas transgressões fílmicas, pela nitidez com que expôs no grande ecrã as fraquezas, delírios e prazeres de toda uma sociedade que se viu reflectida no espelho e teve receio de retribuir o olhar…

Buñuel, artista multifacetado, forjado na experiência surrealística e no ambiente culturalmente rico da Es­panha pré-Guerra Civil, tentou sempre levar até aos limites a noção de que tudo era questionável na sociedade contemporânea, desde os dogmas religiosos até às noções de pudor e de decoro social, procurando nos seus filmes um olhar ao mesmo tempo límpido e oblíquo sobre as relações humanas, sobre os jogos sociais e o absurdo da vivência social, tentando compreender a psique humana.

A vida de Buñuel, extremoso pai de família e a antítese psicológica dos seus protagonistas, é cheia de episó­dios, de descobertas, de realizações e contradições, que iremos abordar neste trabalho de uma forma sintética, que poderá não fazer jus a um criador de tamanha complexidade e qualidade, mas que poderá abrir as portas à obra de um artista inigualável, que foi, como refere João Benárd da Costa na sua resenha fílmica no catálogo da Cinemateca Portuguesa, um cineasta do “profundo desejo em latência e profundamente perturbador, cuja raiz, como a de qualquer mistério, não é muito facilmente explicável, ou não o é de todo”.

Referência esta feita a propósito do seu primeiro filme, o polémico, ultra-surrealista e desvairado Un Chien Andalou, de 1929, que inicia uma viagem ímpar pelos mundos dum cinema pessoal, obcecado e de autor, que pode balizar todo o seu percurso iconoclasta e irreverente pela tela dos sonhos. (continue lendo...)