Exceto num país chamado 'Datafolha', Serra desce a ladeira e inspira rejeição no eleitorado brasileiro. A tentativa de ocupar a vaga de Álvaro Uribe e trazer o belicismo de extrema-direita para a disputa política nacional não deu certo. A exemplo do Vox Populi, o IBOPE desta 6º feira (Dilma 39% X Serra 32%) confirma: um em cada quatro brasileiros não votariam de jeito nenhum no político arestoso que agride como Uribe, mente como Carlos Lacerda e pode acabar como Cristiano Machado, o mineiro que impôs a sua candidatura ao PSD nas eleições presidenciais de 1950, sendo abandonado pelo próprio partido, que apoiou Vargas. Seu nome inspirou o termo "cristianização" para designar o candidato ‘escondido’ pelos companheiros de sigla, que temem o contágio tóxico de sua impopularidade nas próprias bases eleitorais. O risco é cada vez maior para quem grudar seu nome no de Serra. Dados do último IBOPE: a) a vantagem Dilma chega a oito pontos (27% a 19%) na pesquisa espontânea; b) Dilma tem 11 pontos a mais que Serra no eleitorado masculino (44% a 33%), e empata com o tucano entre as mulheres (35% a 35%); c) Dilma vence em todas as regiões, exceto no Sul, subiu de 32% para 37% no Sudeste contra 35% de Serra no maior colégio eleitoral do País; e) no Nordeste, Dilma tem praticamente o dobro das intenções de voto do adversário (49% a 25%) ; f) no Norte/Centro-Oeste, houve uma inversão de posições: o tucano liderava por 41% a 33% e agora perde por 40% a 33%;g) o Sul é a única área em que Serra ainda cresce: tem 46% contra 32%.
(Carta Maior; 31-07)
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