Jogo bruto à vista, e concatenado. Como o deputado Brizola disse, há informações de que a Folha de SP dispõe de material dos militares a respeito de Dilma. Não adianta tentar argumentar que se tratava de período de exceção, com torturas e toda sorte de constrangimentos que levam um ser humano quase à loucura. Simplesmente eles publicarão material com ares de “verdade”, diante de uma audiência que, em sua esmagadora maioria, não tem ideia do que se passava na ditadura, e que está “preparada” para a fuzilaria contra Dilma, dados os spams que os deixaram “prevenidos” contra ela.
Suponho que funcionaria assim: a coisa poderia começar no próprio debate da Globo, com alguma colocação-surpresa do Serra, dia seguinte capa da Veja, manchete dos jornalões (a Folha gentilmente abriria mão da “exclusividade”), minutos intermináveis no JN de sábado, telefonemas, emails, panfletos previamente preparados e distribuídos aos milhões no momento do voto (como se fossem reação a alguma “denúncia”).
O PT tem consciência do “tsunami” que está por vir? Podem chamar de paranóia, porém as denúncias anti-Serra na Folha (que funcionariam como um “morde-assopra”) e as declarações de hoje do presidente do PSDB, de que eles não têm cartas na manga, tudo isso junto configura-se para mim como uma estranha calmaria que antecede o bombardeio. Há um país em jogo. Reações, prevenções, por favor!