Texto de Eduardo Pacheco de Carvalho
Diametralmente oposto, estava eu a circular hoje pela Rua das Flores/CWB, quando
Diametralmente oposto, estava eu a circular hoje pela Rua das Flores/CWB, quando
me deparei com centenas de pessoas. Dentre elas, algumas verdadeiras celebridades,
como Frei Leonardo Boff. Dr. Rosinha, Romanelli, Requião, Osmar, Gleise, e tantos
outros. O jipe adentrou ao calçadão. Não hesitei: também (por questão de isonomia)
bati algumas fotos dela. Quase no fim, escutei um estouro, e muita 'água' respingou
na minha mão, onde o celular estava empunhado ao alto, a cerca de dois metros
dela. O coro popular gritava “FDP, FDP” para o prédio de onde partiram os sacos
d´água que não atingiram a candidata, mas sim o capô do jipe e o povo em volta. Pós-
agito, fui saber que no mesmo edifício onde eu iria entregar um documento, era por
coincidência no mesmo andar (mas em outro setor) o lugar de onde partiu a tentativa
de ‘lesão corporal’. Confesso que aquilo mudou meu voto.
No primeiro turno votei metade Verde. A outra metade elegeu meus representantes
do PMDB no Legislativo. Tal qual o meu Partido, estou enfraquecido politicamente.
Não sou ptista. Penso que o PT tem gente mais competente do que Dilma para lançar
à candidatura de uma Presidência da República. Não o fez. Dilma, se eleita, parece (a
mim) que deixará a governabilidade entregue ao seu Partido mais sua base de aliança.
Não sou Dilma.
O povo em Blumenau estava mais tranqüilo. Mas também estão tranqüilos (com
Serra) os neoliberais, os bancos internacionais, os grandes grupos econômicos,
os latifundiários, os ruralistas, a mídia, enfim, a direita conservadora e anti-
desenvolvimentista ‘nacional’. Serra lembrou-me Rivaldo na seleção. Este, jogou-se no
chão fingindo que a bola de futebol lhe acertara a cabeça. Aquele, fez uma tomografia
por causa de uma bola, de papel. Rivaldo joga(va) futebol. José joga WAR.
Mas vi o povo em Curitiba. O povo estava agitado. Havia esperança no ar. Lembrei da
minha época do Tancredo. Obriguei-me a refletir. Até concluir que, para se votar e
confirmar BRASIL (país), não precisa ser militante do PT ou correligionário de qualquer
coligação. Voto por exceção. Mas voto nela. É hora de deixar todos os revezes, os
escândalos, as maracutaias, propinas, corrupção, dossiês e tudo o mais que porventura
tenha havido no governo Lula de lado - coisas que não lhe são temporalmente
exclusivas. Isto não implica em traição aos meus princípios, pelo contrário. O voto nela
se fundamenta por outras vias. Na rua, havia flores naquele caminho.
2 – O povo, ou... “a esperança”
Não sou Petraglista, mas escrevo no cap4ever. Não sou ptista, mas votarei em Dilma
Rousseff. Obrigado, Paulo, por mais este desabafo incomum de um cidadão brasileiro.
Não quero mais a chuva ácida neoliberal, aquela que chega em pacotes infernais
jogados pelos alienados pássaros Tucanos no céu da Nação. É o meu argumento.
Em resumo, na qualidade de “um cidadão comum como esses que se vê na rua”,
venho aqui modestamente alertar sobre o risco calculado de se votar em José Serra. O
mais preparado, sem dúvida, mas provavelmente o mais compromissado, tal qual FHC,
o sociólogo do olho elitizado, da fala mansa, do discurso, do neoliberalismo, do Brasil
entregue. FHC, 8 anos, Brasil drogado e prostituído.
Paulo, obrigado e um abraço. Bom segundo turno A TODOS. Pensem nisso.
ps: continuação das fotos
3 – Dilma, tome uma água “antes 4 – Indignação, sob a “chuva neoliberal”
5 – A fila anda, ou... “a vida continua”
6 – E a Nação virá...”virá que eu vi!”
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