sábado, 11 de dezembro de 2010
Assassinato Colateral, em vídeo, e algumas considerações
Assassinato Colateral from Passa Palavra on Vimeo.
Das muitas "novidades" que vão surgindo, ao embalo de Wikileaks, creio ser a confirmação das atrocidades, mentiras, "desfaçatezes", arrogâncias e congêneres, o mais importante da história (e para a história), especialmente no tocante aos EUA.
Cai, definitivamente, a pecha, pela pecha, ou assim fica demonstrado, de "anti-imperialistas", "paranóicos", "teóricos da conspiração", ou como ainda hoje é utilizado pelos dirigentes americanos, em especial os republicanos, a pecha de "comunistas", a todos aqueles que discordam da política, seja interna ou externa, dos Estados Unidos da América, lembrando que esta é a definição "mais pesada" aos discordantes, radicalizando no termo, para que não haja a mínima dúvida de que o "american way of life" é o correto e de que qualquer coisa afastada um milímetro disso, seja anormal, perigoso, digno de algum controle pelo estado, ou, o que vem sendo mais comumente utilizado (já que o muro caiu), terrorista.
A verdade que cega, de tão clara, é que o expediente utilizado pelo "capital", é o de "jogar" os termos que se lhe aplicariam, aos "outros" ("o outro", o inferno sartreano), aos que dele divergem, para parecer que "o certo, é o errado" e vice-versa, levando em conta que a metodologia utilizada pelo capital para se exequir vem demonstrando, indefinidamente, ser um rotundo fracasso quanto à possibilidade de uma vida coletivamente civilizada possível, neste planeta.
Nem vou aqui discorrer sobre a maneira com que a nossa imprensa tradicional vem tratando o caso, pois acho enfadonho ficar relembrando que a mesma prima por evidenciar o secundário quando assim lhe interessa e não à coletividade, bem como o de defender este mesmo capital, do qual se beneficia.
O que Wikileaks vem possibilitando, acima de qualquer outro viés, ou de qualquer que seja sua intenção ("a priori"), se é que existe alguma outra fora essa, é a demonstração de que, se o comunismo clássico morreu junto com a emblemática queda do muro, em Berlim, o capitalismo rui, de podre, pelo "modus operandi" que vem utilizando, ao longo dos últimos séculos.
O que pode surgir de tudo isso é mero exercício de advinhação, mas acredito que (já) tenha cumprido o papel a que se destina (e que já vai em andamento), e que espero (em uma boa escala), seja a revisão dos conceitos de muitas pessoas que lutam pela justiça, à sua maneira (e lutam mesmo!, por mais que os resultados sejam outros), mas que acabam trapaceando, em jogo de paciência, por conta de uma formação de valores políticos distorcida e que acabam apoiando ações ruins na esfera global, por falta de darem mais atenção, ou terem mais respeito, pelas opiniões que estão fora do que se convencionou, ao longo dos anos, como um exemplo de prosperidade a ser seguido, com o ônus dos caminhos que deveriam ser percorridos e sua maneira para isso.
Aguardemos...
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