sábado, 14 de agosto de 2010
"Soneto ao buraco do cú" (Rimbaud)
"Obscuro e enrugado como um cravo roxo,
Ele respira, humildemente escondido em meio ao musgo
Úmido ainda de amor que segue a doce fuga
Das nádegas brancas até o âmago de sua orla.
Filamentos parecidos a lágrimas de leite
Choraram, sob o vento cruel que os repele,
Através dos pequenos coágulos de marga raiva
Para irem se perder onde o declive os chamava.
Meu sonho frequentemente se colou à sua ventosa;
Minh´alma, com ciúmes do coito material,
Dele fez seu lacrimário fulvo e seu ninho e soluços.
É a oliva desfalecida, e a flauta carinhosa;
É o tubo por onde desce a celeste pralina:
Canaã feminino encerrado nas umidades!"
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