por Luiz Antonio Mello
A ditadura militar no Brasil é tema recorrente no nosso cinema. As variações sobre o mesmo cenário são muitas e o interesse dos cineastas pelo período histórico, legítimo. Em “400 Contra 1 - Uma História do Crime Organizado”, de Caco Souza, que estreou esta semana em circuito nacional, a ditadura é encarada sob uma nova ótica: daquela que, de certa forma, deu munição para que o Comando Vermelho (CV), famosa organização criminosa do Rio de Janeiro, tomasse corpo.
Inspirado no livro autobiográfico de William da Silva Lima, um dos principais articuladores da organização, “400 Contra 1″ identifica, no presídio de Ilha Grande, o chamado Caldeirão do Diabo, o nascedouro do CV. E mostra como a ocasião, literalmente, faz o ladrão: se os anos de chumbo não prevalecessem naquele momento e se o sistema carcerário brasileiro, de fato, reabilitasse os presos, talvez esse organismo criminoso nunca teria existido.
Na tela, William da Silva Lima é vivido pelo ator Daniel de Oliveira (na esquerda da foto, junto com Daniela Escobar e Fabricio Boliveira). Conhecido pela bandidagem como “professor”, William é um assaltante de banco que, numa ação fracassada, é preso nos anos 1970. Entre seus comparsas, estão militantes políticos que se juntam ao bando para garantir o sustento.
Depois de capturados, um a um, são levados ao Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande, onde deparam com uma situação incomum naquele verdadeiro inferno longe do continente. Lá, estão confinados também presos políticos que, em vez de serem cerrados em prisões especiais, são levados ao presídio. Esses militantes intelectualizados, chamados de pequena burguesia, se sentem humilhados e pedem para serem separados dos bandidos comuns. O tratamento diferenciado causa revolta.
Mesmo mantidos em alas distintas, presos políticos e comuns mantêm contatos esporádicos, porém suficientes para abastecer a bandidagem com literatura “subversiva” e técnicas de guerrilha. William, o mais perspicaz do grupo, se interessa por esse material. Aliado a isso, sua convivência com outros criminosos e com a lei do mais forte faz com que ele passe de bandido ambicioso à cabeça pensante de uma organização, que protagonizou grandes assaltos a bancos e deixou a polícia carioca em estado de alerta entre final dos anos 1970 e início dos 80. As informações são do Jornal da Tarde.
Inspirado no livro autobiográfico de William da Silva Lima, um dos principais articuladores da organização, “400 Contra 1″ identifica, no presídio de Ilha Grande, o chamado Caldeirão do Diabo, o nascedouro do CV. E mostra como a ocasião, literalmente, faz o ladrão: se os anos de chumbo não prevalecessem naquele momento e se o sistema carcerário brasileiro, de fato, reabilitasse os presos, talvez esse organismo criminoso nunca teria existido.
Na tela, William da Silva Lima é vivido pelo ator Daniel de Oliveira (na esquerda da foto, junto com Daniela Escobar e Fabricio Boliveira). Conhecido pela bandidagem como “professor”, William é um assaltante de banco que, numa ação fracassada, é preso nos anos 1970. Entre seus comparsas, estão militantes políticos que se juntam ao bando para garantir o sustento.
Depois de capturados, um a um, são levados ao Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande, onde deparam com uma situação incomum naquele verdadeiro inferno longe do continente. Lá, estão confinados também presos políticos que, em vez de serem cerrados em prisões especiais, são levados ao presídio. Esses militantes intelectualizados, chamados de pequena burguesia, se sentem humilhados e pedem para serem separados dos bandidos comuns. O tratamento diferenciado causa revolta.
Mesmo mantidos em alas distintas, presos políticos e comuns mantêm contatos esporádicos, porém suficientes para abastecer a bandidagem com literatura “subversiva” e técnicas de guerrilha. William, o mais perspicaz do grupo, se interessa por esse material. Aliado a isso, sua convivência com outros criminosos e com a lei do mais forte faz com que ele passe de bandido ambicioso à cabeça pensante de uma organização, que protagonizou grandes assaltos a bancos e deixou a polícia carioca em estado de alerta entre final dos anos 1970 e início dos 80. As informações são do Jornal da Tarde.
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