quarta-feira, 2 de junho de 2010

O estilo agressivo de Ana Hickmann


Com tanto "ódio no coração", só poderia ter sido Ana, a mestra-de-cerimônias do lançamento da campanha de José Serra, à presidência!!

do Verdes Trigos
FERNANDO DE BARROS E SILVA
COLUNISTA DA FOLHA
SÃO PAULO – “Para que tanta perna, meu Deus?” perguntaria Carlos Drummond de Andrade. Mas não existe espaço para poesia na vida de Ana Hickmann.
“Sempre me considerei um produto. Parece cruel, mas é verdade”, diz a apresentadora, empresária, modelo, seja o que for. “É um produto que a gente criou junto e que administra junto: o produto Ana Hickmann”, reforça Alexandre Corrêa, o Alê, dublê de empresário e marido, que conheceu seu “produto” quando ela tinha 15 anos.
No perfil que Mônica Bergamo publicou anteontem na Folha, a atuação do casal é bastante explícita e agressiva. “Se não odiar o concorrente, você é um frouxo”, filosofa Alê a respeito da disputa entre a mulher e Eliana, do SBT. “O Alê me chama de general. Fala que sou truculenta pra caramba. E sou mesmo. Nunca me deram a chance de errar”, justifica-se a bela e a fera.
De Penélope Charmosa, ela tem só o carro – um Mini Cooper.
Nas imagens da reportagem (veja emwww.folha.com/po743577 ), o olhar -severo, ameaçador- que o segurança da modelo dirige à fotógrafa Marlene Bergamo numa das fotos é idêntico ao que a própriaHickmann dirige ao marido na foto ao lado. Ele, por sua vez, faz cara de desespero com as mãos na cabeça. Na foto principal, ela repete a mesma expressão – tensa e alarmada.
Tudo somado, somos introduzidos a uma espécie de reality show da vida como negócio. “A gente vai entregar para o mercado uma Ana Hickmann diferente, sem esses problemas”, diz o marido, justificando as sessões de fonoaudiologia.
Não há tempo a perder nem ilusões românticas em jogo. Tudo aqui é dinheiro e aflição. A “ambição descontrolada” do casal pela fama é uma caricatura involuntariamente cômica da época atual.
A Ana vai ser a Oprah Winfrey do Brasil, loira e de olhos azuis num país de gente parda”, diz seu marido, que não é racista. Estamos num novelão mexicano? Ou são evidências da nossa “americanalhação“?

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