sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sobre Domingos Dutra.

Hoje não tive muito tempo para a mídia, mas pelo que entendi, o Deputado Domingos Dutra (PT - MA), teria entrado em greve de fome, pelo apoio que o PT nacional estaria dando à Roseana Sarney, ao Governo do Maranhão.
Agora à noite, ainda, lendo o blog "Amigos da Presidente Dilma", li que isso era sensacionalismo da Folha e mostrava uma foto do Deputado, almoçando no Congresso.
Temos tido problemas nos estados, por conta das "benditas" coligações, que volta-e-meia misturam "alhos com bugalhos", em nome de uma causa maior, boa ou ruim, dependendo de quem olhe e que não exclui nenhum partido político, por mais grotesco que pareça e seja.
Foi descobrindo isso, as coligações, para a campanha de 2002, que Lula conseguiu, finalmente, vencer a eleição à presidência, o que se repetiu em 2006 e que vai se repetir "ad infinitum" na política brasileira, por todos os partidos,  enquanto não houver uma reforma política séria, com uma maior democratização do uso da vontade popular e com instrumentos legais que a isso possibilite.
É de perfeito entendimento que o deputado grevista tenha o direito de expressar sua revolta, fazendo o que quiser, desde que não fira ninguém, inclusive a si próprio, pois creio, que o raciocínio acima, que não é nenhum exercício de inteligência diferenciada, mas antes, de observação das coisas como elas são, nos levam a crer que seja inadequado e principalmente inútil, além de dar "munição" ao adversário, que já tem gente que chegue a fazer o serviço sujo de criar factóides e distorcer até a última gota, fatos, a seu bel prazer, pois parecem acima da lei e ainda teem o desplante de invocar a Liberdade de Imprensa, como se não a tivessem, inclusive para se portar de modo desonesto, ou no mínimo, duvidoso, quanto à retidão, no que diz respeito aos valores morais.
Pior que tudo isso, opinião minha, é que a tal greve de fome não existe, sim uma vigília do deputado, distorcida pela Folha e que chegou a render enquete no Twitter, na qual emiti alguns valores, meus, que ao que parece não foram bem recebidos.
Confesso que postei um "twitt" ironizando a idéia da greve, se é que ela existe, que a profusão de informações acaba nos tonteando, dizendo que o deputado almoçava enquanto "greveava", pelo, então, absurdo das circunstâncias, não desconhecendo os eventuais direitos, como digo acima, de que qualquer cidadão lute pelo que acha justo, da maneira que lhe inspirar, repetindo, desde que não fira ninguém, nem a si próprio.
O caso não é para tanto!!
Resumindo, creio que hoje, no Brasil, os lados estão bem definidos e vai acabar vencendo a eleição, o partido que for mais coeso em relação ao objetivo final, que souber administrar as diferenças internas das coligações com o menor alarde possível, e que no meu caso, é a opção pela continuidade da política econômica, social, bem como a política externa, que está sendo conduzida por Lula, ou seja a eleição de Dilma Vana Roussef.
Acredito nisso firmemente, pelos motivos acima expostos e na minha opinião, fora disso, é tudo muito inadequado.







2 comentários:

  1. Caro Paulo, penso o seguinte:

    Alianças (inclusive as espúrias) são necessárias, ainda, pra se vencer neste país tão complexo e heterogêneo. Ok! Tenho plena consciência disso. Todavia, penso que, como tudo na vida, há limites. Há situações especiais. O que ocorreu no MA foi um desrespeito profundo. A realidade local não permite ignorar fatores históricos.

    O que mais me revolta é que o PT tem se curvado demasiadamente ao PMDB. Em 2002, Lula venceu sem o apoio dele. E resistiu em dar espaço ao mesmo até 2006. Por quê só o PT cede? Veja o que ocorre aqui na BA e no PA, por exemplo. Em ambos estados, o PT busca a reeleição. Pela lógica da aliança, o PMDB deveria ajudar, né? Mas está ocorrendo justamente o oposto: Geddel e Jader Barbalho (que detestam Dilma, diga-se) estão se aliando "por baixo da mesa" com os demotucanos pra destruir Wagner e Ana Júlia. Por quê o PT/Lula não obrigam, também, o PMDB a recuar e apoiá-lo? Isso é aliança? Que dizer de SP, terra do vice Temer, onde Quércia faz campanha abertamente pra Serra. E o RS?

    Votarei em Dilma. Tenho muita simpatia pelo PT e por Lula. Mas não posso concordar com tudo. Fico indignado quando vejo alguns companheiros desqualificando quem possui postura mais crítica. É muito fácil pra um companheiro de SP ver outro estado (sobretudo do Norte-Nordeste) sendo rifado. Agora cogite-se, por exemplo, alguém dizer: em SP o PT deve abrir mão da candidatura em prol de Quércia. Duvido que todos acatem com o mesmo entusiasmo que acatam quando o mesmo ocorre no MA ou na BA, por exemplo.

    Penso que o PT deveria dizer o seguinte ao PMDB: assim como vcs não abrem mão da BA, PA, RS, SP etc., nós também não podemos obrigar MG e MA a apagarem sua história (onde o PT sempre foi adversário dos postulantes atuais pelo PMDB) e abrirem mão de suas candidaturas. Simples.

    O PT vem alimentando fartamente um parceiro infiel (PMDB) e dando migalhas aos aliados históricos (como o PCdoB e PSB). Inclusive André Singer, intelectual de peso do partido, fez um artigo no começo do ano abordando isso. Eu ratifico tudo o que ele disse.

    Abraço

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  2. Concordo contigo totalmente, Marcos, mas até onde consigo enxergar, isso é, lamentavelmente necessário, para que não se corram riscos de perdermos a eleição para a direita, representada pela figura de Serra e cia, pois aí sim, não sobraria nada para negociarmos como cidadãos que estamos tentando sociabilizar o país, internamente, e nos fazermos sentir presentes, internacionalmente!!
    Abração!!

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Posso não publicar, baseado nas regras de civilidade que prezo. Obrigado.