É por demais sabido, ou assim deveria ser, que o problema central do Brasil, é a maneira como funciona o sistema político.
Desde a Colônia, que as coisas vem se promiscuindo politicamente, e daí para a sociedade, um pulo, de tal sorte, que todas as benesses vão para os poderosos e seus "agregados", quase sempre, os donos do Capital. O que sobrar da sanha furiosa dessa gente, respinga para "nosotros", o que não é mais do que o pagamento às nossas contribuições ao fisco, que eles pretendem que entendamos como favor!!
Não é querer ser dono de verdade nenhuma, mas é isso que vem prevalecendo em todos os níveis envolvidos, parodiando Saramago em frase que usei como manchete a um artigo, dia desse, " se podes ver, olha. se podes olhar, repara."
E as coisas vem degrigolando, como era de se esperar e se misturando de uma forma, que já não sabemos mais, quase, com quem contar, ou no mínimo, para quem chorar nossas mazelas. E olha que me incluo entre os previlegiados deste País.
O que acaba incomodando, é o entorno, se me entendem.
O que antes era símbolo de resistência e ética, hoje vai aos escombros, tentando fazer de conta que é tudo assim mesmo. Que tudo é normal e que tudo é justo. Que nada pode ser feito além disso, pois vivemos a prática do possível.
Muita ignorância, muita má-fé, muita manipulação de fatos, de dados. Gente sendo paga, na outrora grande imprensa, para sofisticar a canalhice, em páginas de jornais e revistas de grande penetração Nacional, os formadores de opinião.
Deu na "A", ouvi na "B", li na "C", e o abecedário é farto em ignorância, despreparo e por último e , talvez, o mais lamentável, em canalhice!!
Claro que desde que o mundo é mundo, as coisas vão mais ou menos assim. Não sejamos ingênuos. Mas ante os progressos que fazem a humanidade ter acesso à obras grandiosas da ciência, da cultura, da tecnologia, é incompreensível, que justamente aqueles que tem maior disponibilidade de benefícios por disporem de uma melhor situação econômica, cultural, de inclusão, continuem rapinando, como se isso fosse defesa de interesses, ideologia, personalidade, profissionalismo, ética, e a gente ter que ficar aguentando tudo isso, como se fosse verdade.
E a coisa ou se perpetua, ou se repete e aí já nem é mais como farsa, pois já sabemos de onde vem e a que vieram.
Estão aí, Sarneys, Lobões, Barbalhos, Renans, os desembargadores venais e vendidos, que volta-e-meia são flagrados desonrando suas profissões, suas promessas , seus discursos. Estão aí Collor's, Maluf's, anões e gigantes, a perpetrar o "mais do mesmo".
O que se propunha até há pouco tempo atrás, sobre afastamento espontâneo de cargos eletivos ou indicados, sob suspeita, indo pro definitivo beleléu.
Estão aí José Dirceu, os deputados José Genoino, José Mentor, José Nobre Guimarães e João Paulo Cunha, os ex-deputados Angela Guadagnin e Josias Gomes, e Mônica Valente, mulher do ex-tesoureiro Delúbio Soares, que saiu do PT e é apontado como pivô do caso Mensalão, que Lula, sem provar nada em contrário, diz tratar-se de tentativa de golpe, voltando a assumir a importância, que aliás nunca perderam, no partido.
É... A gente ouve de tudo, sofre, desnecessariamente, dada a capacidade notória e notável da boa índole e do talento Brasileiro, que simplesmente não é nem mal aproveitado.
É jogado fora, descartado, sem a menor oportunidade de uso.
Dia desse, escrevi aqui, tentando explicar ao que não fui pedido, quanto tentava dar o ângulo adequado ao que Lula quis dizer com a célebre coalizão e acabei sendo mal interpretado.
Saí em defesa da explanação, como demonstração de à quantas as coisas andam por aqui.
Óbvio, que explica, posto ser a verdade do momento, mas não se justifica.
Algumas mudanças que deveriam ser simultâneas, à ética e ao PT, pelo que se pregava até então, viraram nada. Nem mesmo tentativas no intuito de mudar o estado de coisas.
E o cerco vai fechando, e precisaríamos fazer alguma coisa, que não sei bem qual seria, para virarmos esse jogo de aparências, frágeis às mudanças que a dinâmica do Mundo acabam por impor, pelo menos por enquanto.
Hoje, aparentemente bem, crescendo, fortalecendo, bem visto aí fora, mas a que custo?
Ainda, a que custo? Até quando?
O tôlo sonho das "Diretas Já", acabou por "dar em água", pois as reformas urgentes que delas se esperavam, ficaram onde estavam a 20 anos atrás...
E sem isso, meus caros, tudo vai ficando como esta.
Boa Noite!!
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