segunda-feira, 8 de março de 2010

Secom contesta interpretação da Folha sobre pesquisas


Do blog do Planalto

Segunda-feira, 8 de março de 2010 às 19:04

A Secom divulgou nota hoje (ver aqui) mostrando que, ao contrário do que foi publicado na edição de hoje da Folha de S. Paulo, as pesquisas contratadas no ano passado e divulgadas em 25 de fevereiro no site da Secretaria (ver aqui) são para avaliar o conhecimento e a comunicação de mais de 30 políticas públicas ou programas. Tais como: “Bolsa Família, Samu, Farmácia Popular, Ensino Técnico, PAC, Pronaf, Luz para Todos, Reuni, PDE, salário mínimo, Projovem, Olimpíadas, Rede Pública de Saúde, Proinfo, Habitação, aumento do piso previdenciário, Pré-sal, Gripe A H1N1, preservação do meio ambiente, desmatamento na Amazônia, Olimpíadas 2016, Copa do Mundo 2014, dentre outras que podem ser observadas nos relatórios de pesquisa”.

Como é possível verificar, a grande maioria desses programas não é associada à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. A repórter pinçou algumas pesquisas qualitativas de avaliação de campanhas publicitárias, como do PAC e do Minha Casa Minha Vida, para tirar a absurda conclusão de que tais levantamentos contribuem “para a tática de Dilma”.
Os roteiros dessas pesquisas também estão publicados no site da Secom. A simples leitura desses roteiros mostra que o objetivo dessas pesquisas é conhecer a percepção dos entrevistados sobre as campanhas de divulgação, a lembrança que se tem delas e a avaliação das peças publicitárias. O objetivo dessas avaliações, que são feitas por grandes anunciantes dos setores público e privado, é fazer os devidos ajustes para comunicar melhor as mensagens nas campanhas publicitárias seguintes.
Já no relatório de análise dos grupos de discussão pode-se verificar que a avaliação positiva da campanha do PAC é majoritária, ao contrário do que tenta induzir a Folha ao mencionar apenas a frase de um participante que sugere um viés eleitoreiro. Duas páginas antes da frase pinçada para referendar a tese do jornal há uma pessoa da mesma cidade (Recife) e mesma classe social (A/B), que compreende o PAC de forma diferente, o que a Folha sonega ao seu leitor:
Existe um programa, o PAC, que é a aceleração do crescimento com investimento no saneamento, habitação e estradas (Classe A/B – Recife).
Não precisaria muito esforço para conseguir outras frases de contraponto à reproduzida na Folha. Elas estão espalhadas por todo o relatório. Aqui estão alguns exemplos:
1) O comercial deixa claro o PAC. Programa de aceleração do crescimento. (Classe A/B – São Paulo).
2) Que o Governo Federal está investindo em obras (Classe C/D – Brasília).
3) O governo está buscando saídas. (Classe C/D – Goiania).
4) O governo vai gerenciar os recursos para que o programa dê certo (Classe C/D – São Paulo).
5) O governo está melhorando a vida das pessoas (Classe C/D – Brasília).
6) Firmeza do governo, trabalhando pelo povo (Classe C/D – Recife).
7) Uma diferença do governo Lula para os outros anteriores: é que alguma coisa a gente vê, nos outros a gente não via (Classe A/B – Fortaleza).
8) Vai gerar mais empregos. Está mudando a infra–estrutura. (Classe C/D – Brasília).
9) Geração de empregos, desenvolvimento do país (Classe A/B – Belém).
10) Acredito na propaganda. Acredito no Lula (Classe C/D – Recife).
11) Nós já estamos vendo as obras, as coisas acontecendo (Classe C/D – Recife

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posso não publicar, baseado nas regras de civilidade que prezo. Obrigado.