terça-feira, 27 de abril de 2010
(Carta Maior; 28-04)
O candidato do conservadorismo brasileiro disse em entrevista à Bandeirantes que se eleito pretende criar um fosso de autonomia entre a Justiça e a Repressão policial no país. 'As coisas da Justiça devem ficar no Ministério da Justiça. Já a repressão ao crime tem que ser num ministério especializado', pontificou o ex-presidente da UNE, com aquele gestual de mãos-de-tesoura que lhe é peculiar. O conceito remete a precedentes funestos. O Brasil já viveu experiências em que aparelhos repressivos agiam à solta, dissociados do poder de justiça. O candidato da coalizão demotucana sabe disso. Mas decidiu jogar o jogo do vale tudo. Sua determinação em 'resolver' a questão da segurança no país, ademais, não passa pelo teste do noticiário policial no estado que administrou nos últimos três anos -- e o PSDB, há 16. O governo norte-americano tem desaconselhado seus cidadãos a colocarem os pés nas areias de Guarujá. O balneário paulista mais famoso se encontra sob toque de recolher imposto pelo crime organizado. Nas últimas 48 horas, uma quadrilha assaltou até o cofre do crematório de Vila e um executivo foi sequestrado e morto próximo a um shopping de luxo da capital. A criminalidade sob o governo Serra deu um salto no interior; o número de roubos explodiu na capital. Os dados são da própria polícia que, supõem-se, teve a corda solta na gestão do nosso aprendiz de Afanasio Jazadji --o radialista que se notabilizou por defender a execução sumária de suspeitos no ar, sem esse ‘trololó’ de Justiça.
(Carta Maior; 28-04)
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