sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara. ( J. Saramago)

Devo estar ficando louco, ou devo estar percebendo minha loucura, como nunca antes.
É incrível como tenho visto as coisas, distante da "empurração" da mídia, e o que as pessoas, provavelmente alimentadas pela mídia, e por falta de uma visão mais ampla, andam falando, ou fazendo, de besteiras, por conta de certas coisas, prá mim, tão óbvias, que chegam a doer.
O pior, é que não devo ter mais jeito, à essa altura do Campeonato...
Tentando ficar no recente, pois a profusão do que se faz e do que se diz é de tão grande "velô", é tão "massacrante", que o que parece que já passou, ainda está aqui, retinindo, e o que ainda vai por acontecer já é tão "velho", que assusta, por um certo ângulo com que algumas coisas são, ainda, tratadas. A importância que se dá a certas coisas, como se fossem novidades, fatos relevantes, coisas que ainda acontecem e que pasmam, tanto pelo fato, em si, como pela interpretações que tem sido dadas, à algumas delas.
Falava aqui neste espaço, que à falta de ler algo que realmente valha a pena, especialmente quando quem fala, emite opiniões e opiniões tendenciosíssimas, dá um tremendo desânimo.
Lamentavelmente, percebe-se, que muitas pessoas bacanas vão no embalo, pela sede de ver algo melhor acontecendo em nosso País, no Mundo, etc.
É uma maneira um tanto desesperançosa, às vezes, que toma conta, pois a ponderação, indício de humildade na emissão de juízo, e, especialmente por pessoas que escrevem em veículos de grande circulação Nacional, falta, e só tem feito aumentar a confusão entre as pessoas, que à falta de uma melhor diversidade de opiniões que os cheguem, acabam entrando na crítica pela crítica, sem raciocinar a respeito do que leem e do que, consequentemente, dizem e pensam que pensam...
Mas claro que não vamos ficar aqui querendo "fazer a cabeça" de ninguém, porque tem mais é que "quebrar a cara", mesmo, prá aprender, inclusive, a lutar. A boa luta, a luta pela cobrança àqueles que elegemos, questionar a "grande" Imprensa, que de grande ultimamente, só tem tido, por "n" motivos, boca, para acumular críticas ao Governo, justas até, vai, mas que não acrescentam nada ao debate cidadão.
Falava disso aqui no blog dia desse, pela interpretação ao que Lula havia dito sobre a coalizão, que tão bem sabemos qual seria.
Por favor!!!! Ele só quis dizer, que é assim que funciona aqui no Brasil!!!!
E isso, não é de agora. Talvez, um pouco, ou muito mais exposto, agora, talvez até mais volumoso mesmo, que aquilo é uma escola de "vícios", a estrutura é podre, e toca a imprensa, fulanizando o cerne do que se quis dizer, e se disse.
Ou teria que falar de novo dos "300 picaretas", que agora já vão em bem mais, prá coisa ficar mais inteligível??
As manchetes dos jornais, são feitas, não sei se de propósito, de uma forma que quem não "entra" lá, ler a matéria, fica com a impressão de que mais casos de mal uso da coisa pública estão acontecendo, quando algumas vezes, não é nada disso e só vamos saber se comprarmos e lermos a matéria, coisa difícil prá quem anda saturado com o aquilo de que não consegue escapar, no bombardeio da mídia. E tome "sssstrresssssss"...
Hoje, 03/11, felizmente, tive o prazer de ler o blog do Juca, o Kfouri, e é mais ou menos aquilo ali. Ele, escreve muito melhor que eu, a idéia, que tento passar aqui, com minhas limitações.
É mais ou menos aquilo. Vai lá!! http://blogdojuca.blog.uol.com.br/index.html

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O Tempo Passa...

Tava aqui chateado com meus botões, lendo os comentários dos concidadãos Rubro-Negros, vendo todo tipo de reação possível, dentro daquela passionalidade toda, tão comum à todas as torcidas, especialmente após uma derrota contra o maior rival...
Lembrei também do que venho lendo em outros sites do Clube.
Pensei como temos vivido, ultimamente, ainda mesmo sobre o "Eterno" Petragia, gostem ou não gostem já que os fatos estão aí,da euforia à depressão.
Como torcedor do Furacão, e tentando fazer uma análise mais fria, mais imparcial, menos apaixonada, e como isso é difícil(!!), e mais abrangente da situação, pensei em algumas coisas que são fato, por mais que no calor dos acontecimentos, na maioria das vezes, a gente não consiga raciocinar dessa maneira.
O Atlético, de 16 de abril de 1995, onde tivemos, aí sim, uma derrota acachapante lá no cabo couto, até 2005, teve uma arrancada rumo a um futuro brilhante, como poucos na história do Futebol, quiçá, Mundial. Sem nenhum exagero.
2005, na verdade me pareceu, com a disputa da final da Libertadores, independente de tudo que foi envolvido para que não chegassemos ao título, uma espécie de inércia do sucesso que vinhamos alcançado até então. Haviamos imposto um respeito no Brasil, por tudo que foi construído e conquistado, elementarmente por Petraglia, que nos deu gás, para que com um time mediano e por uma improvável vitória do Libertad contra o América , em Cali, conseguissemos ganhar uma espécie de doping moral, para que fizéssemos uma belíssima campanha então, é verdade, na continuidade da competição, é só relembrar os resultados. De "prêmio" ainda, naquele ano, saímos da ZR já nem lembro em que rodada, e fomos ganhar a primeira partida na competição, jogando com time reserva, no Atletiba da 10ª rodada, com gol de Evandro.
Acabamos chegando em 6º lugar.
De lá prá cá, apenas o pífio Paranaense 2009. E pífio, não pela campanha. Fomos os melhores em tudo, sempre. Ganhamos com merecimento, apesar da fixação da imprensa esportiva medíocre de que dispomos, da qual a palavra mais ouvida, era o bendito regulamento, aceito por todos no arbitral, menos pelo Atlético, diga-se, que por má formulação, o regulamento, deixou brechas para versões outras, da parte de quem não sabe interpretar texto. O texto era mal detalhado, mas era aquilo ali, oras.
Ia esquecendo da empolgante participação na "Sula" de 2006 e isso vem sendo uma marca do Atlético, aliás, entrem ou saiam jogadores. Um mesmo plantel, um mesmo time titular, muitas vezes e apresentações completamente díspares, que por muitas vezes, não fosse a camisa, teríamos certeza de tratar-se de outro time e isso, independente de técnico, também. E nem estou falando do jogo de ontem, onde os erros, já na escalação, foram amplamente comentados nesta seção, bem como a arbitragem tendenciosa do árbitro PCO.
Deve ter deixado de anotar a caneta voadora na súmula, na pressa de buscar o chequinho, no bicho molhado ou na CBF, que afinal fica chato cair no ano do centenário, né não??

Voltando ao Furacão, ouvi dizer que Ronaldo não teria jogado, pois já negociando renovação de contrato, teria pedido o que muita gente grande, ou quase, no Clube, ganha!?!?
Não sei qual o motivo prá não ter ficado nem no banco, mas parece que rolou um papo de contusão, que, ouvi, não ser a verdade.
Prás pessoas que reclamam de contratações, de como times do eixo conseguem contratar pesos-pesados e nós não, sugiro a leitura, no cap4ever, da coluna do Mauro Holzmann, fora o que Petraglia já encheu de esmiuçar prá gente. Tá tudo explicado. Não podemos deixar de lembrar que em 2001, não tinha nenhum medalhão no time. Podem falar de Nem e Souza, mas aí já eram caras rodados, que caíram muito bem no meio da gurizada, forjada na parceria(cadê a parceria??), e dali, que alguns se revelaram para o mundo, ou seja, o investimento não foi tão alto. O trabalho com capricho, com gente do traçado, nos deu aquela condição inesquecível.
Parece, então, que foi no transcorrer desses 10 anos, 1995-2005, que a coisa foi desandando, muito pelo desmonte daquela turma maravilhosa e competentíssima, que dirigia o nosso muito amado Furacão.
Agora... Agora, é cruzar os dedos e torcer, prá que de alguma maneira, os desafetos que se criaram ao longo daqueles 10 anos se desfaçam, que se esqueça de tudo que foi trocado de farpas e escaramuças, de lado a lado, porque estamos em guerra.
Estamos em guerra, desde sempre, com a imprensa local e nacional, estamos a pouco mais de 4 anos da Copa do Mundo em casa, estamos a 15 anos do nosso Centenário, estamos há algum tempo, tentando nos firmar entre os grandes Clubes do Brasil e, como diria Faustão, mais do que nunca, a hora é essa!!!!
Agora, todos nós Atleticanos, temos que escolher, escolher sim, o que queremos para o nosso futuro, porque a descendente esta óbvia.
4, 10, 15, 20 anos, passam assim...

Texto postado no site Furacão.com, na seção Fala Atleticano, dia 26/10/2009.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O "Jesus de Lula".

Olha cara, tudo bem. Façamos de conta que ninguém sabe que o Presidente não prima por ser letrado. Logo disso deduzimos, com toda a obviedade, que muitas vezes por falta de um certo tato, de uma certa classe adquirida, digamos, nem sempre o mesmo consegue escolher as palavras certas, ou mais felizes, para transmitir suas idéias através das metáforas de que utiliza ficando a coisa muito próxima ao "butequês". Tudo certo até aqui??
Partindo desse princípio, que parece ser o que melhor se aproxima à uma análise mais ponderada, mais imparcial sobre determinadas polêmicas, completamente desimportantes, podemos interpretar o "Jesus de Lula", da maneira correta e não da maneira "fla-fluzista", que vem sendo utilizada, que salvo burrice, má vontade, pieguice cristã e/ou hipocrisia, revela, muito mais que esconde, interesses outros, tão piores do que a citada coalizão "Judas-Jesus", poderia suscitar, e que na verdade, a dita coalizão aventada por Lula, fala disso mesmo, os negócios excusos, feitos ordinariamente nas câmaras municipais, estaduais, federais e senatoriais, desse país.
Já vamos distantes dos "300 picaretas", lembram?, e muito mais ainda, do Brasil Colônia, e continuamos, agora de modo transparente, a apreciar o balcão de negociatas de que trata a política por aqui. E alhures, aliás.
Fora isso, existe uma, chamemos de categoria de pessoas neste País, que lamentavelmente, formadores de opinião e de maneira escancaradamente preconceituosa, não conseguem conformar-se com a questão de sermos governados por um torneiro mecânico sem muita instrução, nenhuma acadêmica, e que prá deixá-los mais "fulos" ainda, "surfa" sobre essa cafajestada, que miseravelmente faz maioria e coordena as ações políticas desse País, dentro de uma blindagem criada ao longo de séculos.
E "surfa" com presteza, pois conhece todos os escaninhos do poder e aí que mora o grande diferencial de Luis Inácio.
Apesar de tudo, apesar da "arte do possível" do sociólogo FHC, apesar das "forças ocultas", sem ficar omisso, sem dar tiro na própria cabeça, sem renunciar, sem travestir-se de Super-Homem, tem dado um "baile" de transitabilidade por entre essa "laia" toda, e tem feito SIM, um excelente Governo, apesar disso, se tomarmos como parâmetro, o que já presenciamos, históricamente. Sem dúvida.
Claro, que ainda muito abaixo de uma normalidade mais includente, mas digno de admiração, aliás, conquistada apenas e , é uma pena, fora do País, e dentro, pela "plebe rude" e por quem tem conseguido enxergar além de seus pruridos.
O Brasil precisa mudar SIM, mas dentro do que dispomos hoje, ESTRUTURALMENTE FALANDO, em termos de cultura política, especialmente, ele tem sido "o cara", do Obama, SIM.
Ranja os dentes quem quiser, mas ponderando, não é nada mais que isso.
Temos, TODOS NÓS, que consertarmos "isso aqui", e vemos que o sonho do voto direto, por "n"+ uma circunstâncias, não é só o que basta.
Teríamos que ter uma Imprensa séria, que ao invés de ficar dando tratamento de Revista Amiga à política, e com a penetração que deveria ter, atuar como agente de esclarecimento à Nação, propondo soluções meio que ao largo deste noticiário político diário, que, comprovadamente, não tem levado à nada.
Essa partidarização, ante a inação da oposição em termos de projeto de País, não tem dado contribuição nenhuma ao debate cidadão. Pelo contrário, só faz "mesmerizar" a situação.
Já que não passou a "lei da ficha-limpa", por exemplo, publicar diariamente, às eleições, ou já mesmo, páginas, citando os políticos que não as tem. Seria "gastar vela com melhor defunto", ou com os defuntos certos.
Sabatinas, envolvendo vários jornais e redes de televisão, com perguntas criteriosas e inteligentes a candidatos, ao invés desses debates novelescos de uma nota só. Porque o enredo e o script, são por demais conhecidos.
Chamar a classe Empresarial, a que veio. Tirar a máscara do gerador de emprego, como se estivesse fazendo favor, pois isso na verdade é troca, é simbiose. Ou assim deveria ser.
Coalizão, ampla, geral e irrestrita, parodiando o mote da Anistia.
Fora disso, não tem dado prá levar nada a sério aqui no Brasil, a não ser os resultados da era Lula, positivos "como nunca antes, na história deste País".